CNA publica estudo sobre logística no Arco Norte em livro do Ipea
Livro trata da evolução, resiliência e oportunidades da agropecuária brasileira
Brasília (01/08/2023) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou da elaboração do livro “Agropecuária brasileira: evolução, resiliência e oportunidades”, lançado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Segundo o prefácio do livro, as projeções nacionais para a safra 2031/2032 são de 329 milhões de toneladas de soja e milho, um acréscimo de 37,8% em relação à safra 2021/2022. Para as próximas décadas, as exportações devem apresentar uma variação positiva de 41,4%.
O livro também mostra que o uso intensivo de conhecimento, aliado à tecnologia, constitui elemento indutor da expansão da produção de grãos e da pecuária. Entretanto, o cenário muda quando se observam as novas fronteiras agrícolas.
A assessora técnica da CNA e professora da Faculdade CNA, Elisangela Pereira Lopes, contribuiu para um dos capítulos do livro sobre a “Infraestrutura logística do Arco Norte: características, gargalos e propostas”, juntamente com os pesquisadores Valquíria Cardoso Caldeira e José Garcia Gasques.
O capítulo traz um diagnóstico detalhado da infraestrutura de acesso ao sistema portuário brasileiro e a concentração da matriz de transporte no modo rodoviário, em detrimento do uso dos meios ferroviário e aquaviário.
De acordo com análise feita por Caldeira, Lopes e Garcia, a expansão agropecuária no Centro-Oeste, no Norte e no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) enfrenta problemas para o desenvolvimento e melhor aproveitamento da produção no campo. A localização distante dos centros fornecedores tem gerado obstáculos à competitividade dos produtos.
O estudo apresenta o histórico do crescimento do fluxo de soja e milho nos portos do Arco Norte, passando de 7,2 milhões de toneladas, em 2009, para 52,3 milhões de toneladas, em 2022 (37,1% do total nacional). Segundo os autores, “com a taxa de crescimento de 16,5% a.a. (2009-2022), espera-se que os portos do Arco Norte alcancem, nos próximos dez anos, movimentação bem próxima à dos portos do Arco Sul (7,1% a.a. de crescimento médio)”.
Mas para aproveitar as vantagens competitivas que os portos do Arco Norte podem proporcionar, principalmente na redução do tempo de viagem e dos custos, é necessário dotar as regiões de novas fronteiras agrícolas de infraestrutura. A título de exemplo, o estudo indica ações, como a conclusão da Ferrogrão e a melhoria das condições de navegabilidade das hidrovias dos rios Tocantins, Madeira e Tapajós”, afirma a assessora técnica da CNA.
A publicação foi lançada durante o 61º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober), no dia 24 de julho, em Piracicaba (SP). O livro reúne doze estudos, dividido em três partes, dedicadas a produção e produtividade; insumos estratégicos e infraestrutura; e, políticas públicas e sustentabilidade produtiva. É uma coletânea de estudos, que possui como iniciativa para melhor compreender as mudanças e transformações da produção agropecuária brasileira nas últimas décadas.
O livro está disponível aqui .
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