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Produtor rural transforma hobby em fonte de renda e qualidade de vida
Lupércio Landim é um dos produtores atendidos pelo Senar e vencedor do Prêmio ATeG 2024
Brasília (20/12/2024) – Criar abelhas e produzir mel virou mais do que um hobby para Juca, apelido de Lupércio Landim Jr, de Nova Andradina (MS), que sempre foi apaixonado pelo agro, mas que a vida levou para caminhos diferentes até se aposentar como educador físico, em 2021.
Ele conheceu a Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) quando fazia cursos no sindicato rural da cidade, e de lá para cá, o hobby se tornou a atividade principal, gerando renda e qualidade de vida para Landim.
Esse ano, os resultados da produção deram ao produtor o primeiro lugar no prêmio ATeG: Gestão, Resultado que Alimenta 2024 na categoria Apicultura.
“Queria alguma coisa para fazer depois de me aposentar, e aí, através dos cursos do Senar, vi que existia uma possibilidade enorme, a biodiversidade aqui no estado é muito grande. Na nossa região existem muitas áreas a serem exploradas”, comentou.
Com o sítio comprado quando se casou, Juca começou a produzir mel ao lado da esposa Patrice e dos filhos.
“Além de preencher o tempo da gente, a apicultura é uma atividade apaixonante, e me ajudou muito a aliviar o estresse da profissão de educador físico. Quando se está mexendo com as abelhas, a gente acaba esquecendo do mundo porque você tem que estar focado no que está fazendo.”
O produtor conta que depois da ATeG as coisas mudaram porque o conhecimento que antes era baseado apenas na vivência com outros produtores, passou a ser profissional.
“A partir do atendimento do técnico de campo Victor Okabe, adquiri conhecimento do que é apicultura técnica e vi a tecnologia que está à nossa disposição. A ATeG veio contribuir demais com isso.”
Em relação à produção, Landim explica que abria as caixas de abelha e não sabia o que fazer. “Não conseguia fazer a leitura do enxame, mas depois dos cursos e do atendimento, começou a ficar bem mais fácil seguir na profissão”, diz.
“A produtividade melhorou bastante e assim o desenvolvimento também. A gente conseguiu dividir enxames, multiplicar e diminui-se muita a incidência de perdas nos enxames, é algo fantástico”, acrescenta.
A produção de mel de Landim era comercializada na associação de apicultores de Nova Andradina, mas cresceu tanto que ele resolveu seguir com seu negócio próprio, como agroindústria. “Já tenho o material e estamos só esperando a aprovação técnica da planta para poder iniciar as obras”, comemora.
Além dos ganhos financeiros, a atividade com as abelhas permitiu a Landim tratar uma depressão. “Para mim foi fantástico. Eu faço uso de remédios controlados até hoje, mas já aliviou bastante. O estresse e a depressão só quem tem sabe como funciona e essas abelhas contribuíram muito, além de tudo é muito prazeroso ver o desenvolvimento delas.”
Segundo ele, os equipamentos que ele recebeu no prêmio ATeG, uma mesa de desoperculação em aço inox e uma centrífuga para extração de mel, vão contribuir para a agroindústria que está nascendo.
“Quero fazer o beneficiamento e todo o processo aqui na minha chácara e continuar ampliando as vendas, negociando outras fontes, outros produtos das abelhas, como própolis, futuramente óleo, hidromel, cera, enfim, todas as possibilidades que as abelhas oferecem”, destacou.
Juca diz que vai continuar buscando melhorar seu negócio por meio de mais cursos do Senar. “Eu entendi que a gente tem que transformar o apiário em empresa apícola e isso vai depender da capacidade de administração e do produtor. Toda a empresa cresce de acordo com a cabeça do dono, não adianta. E as abelhas puxam a gente para frente, como diz um amigo meu: a abelha só não dá lucro se ela tiver morta.”