CNA promove seminário “Empreendedorismo Feminino nos Emirados Árabes Unidos”
Evento online debateu desafios e oportunidades para as mulheres no país
Brasília (12/09/2023) – A CNA realizou, na terça (12), um debate sobre os desafios e oportunidades para as mulheres que desejam empreender no Oriente Médio. Este foi o tema do seminário “Empreendedorismo Feminino nos Emirados Árabes Unidos”.
A presidente da Comissão Nacional de Mulheres do Agro da CNA, Stéphanie Ferreira, falou sobre o trabalho da comissão para ampliar a participação feminina no agro brasileiro. De acordo com Stéphanie, atualmente o setor tem 20% de participação feminina na gestão da propriedade rural e apenas 7,5% de mulheres em cargos de liderança.
“Queremos a mulher mais inserida no debate técnico e também ampliar sua presença no sistema sindical rural. Não é algo que acontece da noite para o dia, mas estamos percebendo uma participação mais ativa ao desenvolvermos a capacidade de liderança delas dentro do sistema. É algo que tem sido muito desafiador”.
A presidente argumentou que a representatividade feminina no sistema é importante para as tomadas de decisões e que um dos focos da comissão é tornar as mulheres agentes transformadoras não só dentro do setor, mas na sociedade como um todo.
Ela apontou ainda o crescimento da participação feminina no agro a partir de dados do Censo Agropecuário e frisou que o setor está passando por uma mudança positiva nesse sentido, que deverá se tornar sólida ao longo dos anos.
A representante do escritório da CNA em Dubai, Ana Fruci, falou sobre a posição das mulheres no mundo árabe e como é a participação feminina no mercado dos Emirados Árabes Unidos.
Segundo ela, apesar de o país ter uma população majoritariamente masculina (68,6%), governo e entidades não governamentais desenvolvem ações para ampliar a presença feminina nos setores da economia e incentivar o empreendedorismo.
Ana acrescentou que os Emirados Árabes foram classificados, pelo segundo ano consecutivo, como o melhor local para iniciar um novo negócio e que 77% da população considera fácil abrir um negócio no país.
“O empreendedorismo é abrangente no país e importante para a economia. As mulheres são donas de empresas em todos os lugares, em diversos setores e em empresas de todos os portes. Atualmente, 75% das empreendedoras dos EUA já atingiram o mercado internacional”.
O seminário também ouviu a experiência da empreendedora brasileira Sheron Kittler, que vive no país há 11 anos. Ela se mudou para os Emirados Árabes Unidos com o marido e sem conseguir se inserir no mercado formal como administradora, criou a Healthy Pocket Meal.
A empresa produz uma espécie de bolinho vegetal que segundo Sheron é uma “alimentação rápida, saudável e satisfaz”.
A empreendedora disse que precisou estudar muito e se envolver completamente no processo para desenvolver a empresa, entender o mercado e as preferências dos consumidores locais.
“Eu tive que fazer um lançamento completo, indo pessoalmente negociar com grandes redes, fazendo degustação nos supermercados. A competitividade nos Emirados é altíssima, exige esforço, investimento, resiliência e rapidez. Aqui literalmente tempo é dinheiro."
Ela falou também sobre os investimentos iniciais para abrir o negócio e deu dicas sobre embalagens, proteção de marca e ressaltou que seu maior desafio foi cultural, porque precisou entender as preferências das diversas nacionalidades que vivem no país para poder vender seu produto. "Há oportunidades para quem quer investir, mas nem tudo são flores”, concluiu.
A assessora de Relações Internacionais da CNA, Maria Rita Padilha, conduziu as discussões e destacou que o intuito do seminário é promover essa troca de experiências, “e dar visibilidade a essas mulheres empreendedoras, que fazem a diferença no cenário socioeconômico, político e cultural, e, porque não, encorajar novas mulheres a empreenderem”.
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