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ATeG 10 Anos – Os técnicos: Desafios da pandemia e apoio do Senar para seguir
Conheça a história do técnico de campo Ernane Daniel de Faria
Brasília (15/10/2023) – Quando a pandemia do coranavírus foi declarada, o técnico de campo Ernane Daniel de Faria estava havia apenas um mês atuando com os produtores rurais nos atendimentos presenciais da Assistência Técnica Gerencial (ATeG) do Senar, no Espírito Santo.
“Confesso que, por alguns momentos, comecei a duvidar da minha capacidade, do meu potencial. Com a interrupção dos atendimentos presenciais, tive problemas para executar o trabalho a distância. Procurei psicólogo, mas também tive muito apoio do Senar para seguir em frente. Claro, foi uma fase complicada para todo mundo, mas no meu caso tive a oportunidade de sair dela e agora consigo entregar um serviço de qualidade”, afirmou o técnico.
Engenheiro agrônomo, Ernane tem 34 anos, mora na cidade de Mucuri (BA), e trabalha na ATeG do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Espírito Santo. Há três anos, ele se desloca mais de 140 quilômetros para realizar os atendimentos no estado capixaba. A história do Ernane é mais uma da série ‘ATeG 10 anos – Os técnicos’.
Os desafios para atender o grupo de 20 produtores da região de Pedro Canário (ES) durante a pandemia foram incontáveis. “Não era conhecido na região, só tive um mês de trabalho presencial com os produtores, então a primeira dificuldade foi conseguir a confiança deles. Ligava todos os meses para cada um para saber questões gerenciais e financeiras do negócio e eles ficavam desconfiados. Foram seis meses nessa situação”.
Ernane não desistiu e quando as visitas técnicas presenciais retornaram, em setembro de 2020, ele se esforçou para conquistar a confiança do grupo. “Participei de vários eventos na comunidade como uma forma de ser lembrado, mas a relação melhorou mesmo quando os produtores começaram a ver os resultados.”
Os atendimentos da primeira turma foram encerrados em novembro de 2022 e, logo em seguida, o técnico assumiu um grupo com 28 produtores das atividades de cafeicultura, cacau e pimenta do reino nos municípios de Pedro Canário e Pinheiros.
“Já estava conhecido na região, foi mais tranquilo, hoje tenho uma turma engajada, sou amigo da maioria e até recebo convites para festas de aniversário e outras comemorações”, disse.
Para conseguir atender dois produtores por dia, um de manhã e outro à tarde, o técnico organiza um cronograma toda semana. “Os produtores ficam em lugares distintos dentro do município, então organizo minha logística para não ter viagem perdida”, explicou.
Ernane cresceu “na roça” já que seu pai trabalhava em propriedades rurais. Morou um tempo em Itarana e Santa Tereza, no Espírito Santo, onde teve contato com a cafeicultura. Sem ignorar sua vocação, ele fez o curso de técnico agrícola e se formou em 2006. Depois ainda entrou na faculdade de agronomia e se dedicou aos estudos.
“Me inscrevi também na faculdade de biologia, mas acabei sendo chamado para agronomia. Então larguei o emprego, voltei a morar com os meus pais porque o estudo era integral e estava focado em me formar, o que ocorreu em 2017. No ano seguinte, fui contratado em uma empresa de adubos e então me mudei para Mucuri”.
Por meio de um amigo, Ernane conheceu o Senar. Entrou em dezembro de 2019 para assumir uma turma em 2020, a mesma que enfrentaria a pandemia do coronavírus. “O Senar foi um divisor de águas na minha vida profissional. Quando entrei, percebi que era o tipo de trabalho que queria para mim”.
Ernane não esconde a importância do suporte durante a pandemia. “Me tratou com muito carinho, principalmente na fase difícil, me trouxe à vida. Se não fosse o Senar, talvez a situação que passei poderia ter sido pior. O meu esforço em entregar um trabalho de qualidade é uma retribuição ao que me ofereceram nesse período”, diz com orgulho.
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