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Reconhecimento do agronegócio
Ao fim do primeiro semestre, os indicadores econômicos gerais apontam para mais um ano de números negativos e crescimento contido no país. A exceção, mais uma vez, deve ser o agronegócio, que por sua crescente tecnificação e diversificação produtiva – assim como pela natureza indispensável dos alimentos à vida humana –, continua salvando a economia brasileira.
O reconhecimento, no entanto, nem sempre é à altura. Talvez pela distância entre os universos rural e urbano, falta valorização ao trabalho do homem do campo, tanto por parte da sociedade, quanto do governo. Não apenas da contribuição econômica, mas do desempenho diário do setor em levar à mesa dos brasileiros alimentos baratos e de qualidade. Divulgar esses feitos e dar visibilidade ao nosso agronegócio é uma meta que, aos poucos, começa a ser trilhada, com cada vez mais investimentos em publicidade e interesse da mídia.
Outra importante frente de divulgação são os eventos do setor promovidos nos centros urbanos. Feiras, exposições, campeonatos e leilões trazem um pouco da rotina do campo às cidades. Embora o foco sejam os negócios, gerando grandes valores e apresentando novidades e avanços, o caráter festivo atrai a simpatia do público urbano.
Exemplos em plena capital mineira não faltam. Somente neste mês de junho, o Parque da Gameleira sediou a 56ª Exposição Estadual Agropecuária e a 13ª Megaleite, maior evento nacional da cadeia produtiva do leite, e que, neste ano, foi realizada pela primeira vez em BH. Em tempos de intensa urbanização, esta é uma função social, didática, de trazer às famílias e crianças da capital a oportunidade de conhecer esse universo, ter contato com os animais e conhecer a origem dos alimentos que consome.
Em setembro, o destaque será a 4ª Semana Internacional do Café, no Expominas. O evento, que tem a Faemg entre as entidades promotoras, é hoje uma das principais ações de promoção do café de Minas Gerais e do Brasil em todo o mundo. Tem como objetivo reunir toda a cadeia produtiva e divulgar a qualidade dos cafés nacionais para o mercado interno e para os países compradores, além de potencializar ao máximo o resultado econômico e social desse setor. Anualmente, movimenta milhares de profissionais e apreciadores de todo o mundo. A cada edição, a pujança e a solidez deste evento vem consolidando a SIC entre os maiores encontros do setor no mundo. Estamos posicionando o Brasil em seu lugar, correto e devido, no mundo dos cafés especiais.
E assim vemos também, em um número crescente de eventos promovidos pelo agronegócio – seja da pecuária, do setor de grãos, de hortifruti ou outra cadeia produtiva – a merecida valorização do trabalho do homem do campo e da grande contribuição de nossa agricultura e pecuária ao país.
*Roberto Simões é Presidente do Sistema FAEMG.