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Mais uma semana de quedas nos preços do boi gordo
Além da melhora na oferta de animais terminados e avanços nas escalas de abates nos frigoríficos, destaca-se o elevado patamar de preços da carne bovina, que prejudicaram a competitividade do produto e as vendas no mercado doméstico, além da dificuldade de repasse para a carne no mercado internacional.
O indicador do boi gordo Cepea fechou em R$ 316,85/@ em São Paulo no dia 12/12, uma queda de 2,2% na comparação semanal. Nas indústrias, o preço da carcaça casada (boi) também recuou 2,2% no mesmo período, fechando em R$ 23,61/kg na praça paulista.
Para as próximas semanas, a expectativa é de redução gradual nas negociações no mercado do boi gordo e a tendência é de preços mais frouxos.
Mercado futuro: a importância do gerenciamento de riscos
Em 27 de novembro de 2024, a média do preço da arroba do boi gordo - representada pelo indicador CEPEA - atingiu o recorde histórico, no valor de R$ 352,65/@. O valor mais próximo foi em 24 de março de 2022, quando ficou na média de R$ 352,05/@ (valor nominal).
Nos preços futuros na B³, a máxima foi ainda mais alta. No contrato de dezembro, por exemplo, o maior valor foi de R$ 355,40/@ (25/11/2024). Tal movimento trouxe ainda mais otimismo ao mercado, principalmente quando tanto o mercado externo quanto mercado interno ainda seguiam aquecidos.
Porém, justamente pelo mercado ser sensível a movimentos nacionais e internacionais, a volatilidade do mercado pode ser alta, trazendo à tona a necessidade de gerenciamento de riscos.
Um exemplo disso – e recente - foi para quem se protegeu nesses valores para os animais que serão abatidos agora em dezembro. Isso porque, após a máxima histórica, tanto os preços físicos quantos os preços futuros começaram a recuar de forma rápida.
Do dia 26 de novembro até 06 de dezembro de 2024 houve um decréscimo de R$ 44,40/@, ou seja, quem vendeu na bolsa na máxima de R$ 355,40/@, já está recuperando pelo lado financeiro R$ 44,40/@ (no dia em que este relatório está sendo escrito).
Um dos fatores que pressionaram as cotações foi a limitação dos preços da carne exportada, o que dificultou o repasse desses valores para a arroba do boi gordo e levou ao anúncio de férias coletivas em plantas com alta capacidade de abate.
Como conclusão, o exemplo destaca que, independentemente das razões para as oscilações, os movimentos do mercado podem ser inesperados e nem sempre correspondem às expectativas. Sendo assim, os pecuaristas podem utilizar essa ferramenta e priorizar a proteção de sua rentabilidade.
Se você se interessou e quer saber mais detalhes, a CNA possui uma parceria com a StoneX que sempre estará disponível para te auxiliar e explicar melhor sobre as ferramentas de gestão de risco.
Confira as estratégias para o mercado futuro do boi gordo aqui.
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Contato:
Marianne Tufani
Consultora em gerenciamento de riscos
(19) 99994-0917