Safra 2017/18: área de soja pode cair 5,7% na Argentina
Por: La Nación
Todas as energias dos produtores argentinos estão postar sobre o início do plantio de soja de primeira etapa, mas, por conta da situação de emergência hídrica que afeta Buenos Aires, o leste de La Pampa, o sul de Córdoba e o sul de Santa Fe, as previsões apontam para uma queda de 5,7% na superfície disponível para o plantio em relação ao ano passado.
Segundo um boletim do Departamento de Estimativas Agrícolas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a expansão da área prevista para cultivos como milho e girassol sobre o centro e o norte do país, além da recuperação de áreas de trigo no extremo norte da região agrícola irão reduzir a superfície disponível para o plantio de soja nesta safra.
O boletim afirma que, pelo segundo ano consecutivo, o plantio irá reduzir sua área a nível nacional, caindo para uma superfície estimada em 18,1 milhões de hectares, registrando uma queda interanual de 1,1 milhões de hectares, o que representa essa queda de 5,7%.
Gonzalo Hermida, coordenador de Estimativas Agrícolas da Bolsa de Cereais, disse ao La Nación que a situação é similar ao ano passado, mas que a área segue caindo por conta das superfícies danificadas. Se as condições climáticas melhorarem, seria plantado o milho tardio, que possui uma janela de plantio mais ampla do que a soja.
Hermida destacou também que a Bolsa está observando um crescimento de hectares de soja plantados no norte do país, como em Chaco, Salta e o norte de Santa Fe. Isso poderia compensar o número de superfície plantada a nível nacional.
O especialista Gustavo López, diretor da Agritrend, afirmou que está de acordo com a expansão e o crescimento do milho, mas não está convencido de uma queda tão forte para a soja.
Segundo o especialista, o que irá se passar com o clima nos próximos meses. Além disso, ele lembra que, na zona núcleo, a soja segue sendo mais rentável do que o milho. Outros fatores também devem entrar na conta, como os rendimentos, a porcentagem de campos arrendados ou próprios, os custos do frete ou o estado dos caminhos rurais.
