Presidente da CNA defende que irrigação seja reconhecida como vetor de desenvolvimento
João Martins falou dos desafios e do potencial do setor no encerramento do evento “Agro em Questão – irrigar é alimentar”
Brasília (15/06/2021) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou, na terça (15), no encerramento do “Agro em Questão: Irrigar é alimentar”, que a irrigação precisa ser reconhecida como um vetor de desenvolvimento do país e defendeu o dia 15 de junho como a data para debatê-la, divulgá-la e celebrá-la.
O evento reuniu autoridades e especialistas para discutir os desafios e as ações para fortalecer a agricultura irrigada no país. O encerramento teve a participação dos ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Tereza Cristina (Agricultura), além do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza.
Em seu discurso, o presidente da CNA afirmou que o “setor de irrigação é altamente desenvolvido no Brasil” e que “as melhores técnicas do mundo já são utilizadas pelos nossos produtores”.
João Martins, presidente da CNA
“A irrigação, como tecnologia, está muito bem desenvolvida no Brasil. O que nos falta, como nação, é o reconhecimento da irrigação como vetor de desenvolvimento, e que seja adotada como política nacional de desenvolvimento socioeconômico”, afirmou. E que é preciso reconhecer o papel da tecnologia na segurança da produção, na agregação de valor, na diversidade produtiva e de renda, além da gestão responsável da água.
Em seu discurso, João Martins disse que os desafios do crescimento sustentável da agricultura não são novidade para o setor agropecuário brasileiro, lembrando que o setor mostra competência dentro e fora da porteira, produzindo mais e melhor e aliando produção e conservação.
Grande parte desse crescimento, avaliou, é atribuído à pesquisa agropecuária, “que vem contribuindo para atender às demandas do produtor rural e sua necessidade de adequar-se, integrando-se ao meio ambiente”.
Neste contexto, o presidente da CNA destacou que a irrigação representa uma alternativa tecnológica de estabilização da produção, além de ser uma estratégia de segurança alimentar e mais uma opção para aumentar a oferta de alimentos para os mercados interno e externo. Entretanto, ressaltou, a irrigação pode ser utilizada em maior escala.
Diante dessa responsabilidade de produzir mais e melhor, complementou o presidente da CNA, a irrigação é o investimento em tecnologia e gestão da água com o maior potencial de intensificação do uso dos recursos disponíveis, sem avançar sobre novas áreas.
Tereza Cristina, ministra da Agricultura
“O setor de irrigação é altamente desenvolvido no Brasil. As melhores técnicas do mundo já são utilizadas pelos nossos produtores. As principais empresas do setor atuam no país. Temos todas as tecnologias adaptadas à realidade brasileira. E os produtores já perceberam o potencial produtivo dessa técnica”, reforçou. Martins citou o exemplo da fruticultura irrigada no Nordeste, que gera riquezas e empregos na região.
O presidente da CNA ponderou, também, que há desafios a serem superados para que o potencial da irrigação seja convertido em produção com o objetivo de garantir a segurança alimentar. Um deles é a logística para assegurar acessos às propriedades para aportes de insumos e escoamento da produção.
No fim, João Martins reafirmou o dia 15 de junho como a data para refletir sobre a irrigação e seus desafios. “Um dia dedicado a reconhecer e promover o uso da água para a garantia da produção de alimentos da agricultura brasileira”, concluiu.
Para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a irrigação é um tema de extrema importância que ainda precisa ser desenvolvido, diante da aceleração do crescimento populacional no mundo e da crescente demanda por alimentos. Segundo ela, as reservas hídricas são uma das vantagens competitivas do país. “O Brasil não tem apenas um desafio, mas uma grande janela de oportunidades”.
Apesar de o Brasil ter 12% da água doce do mundo, utiliza apenas 3% de produção agrícola irrigada, enquanto a média mundial é superior a 20%. “Precisamos de uma estratégia para desenvolver melhor esse recurso”. Disse, ainda, que a irrigação não compete com a preservação ambiental.
Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional
O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, afirmou que tratar da irrigação é falar sobre um dos diferenciais do Brasil em relação a outros países. “Temos potencial de fazer muito mais do que já fizemos. Se hoje o Brasil alimenta mais de um bilhão de pessoas, em um breve espaço de tempo esse número irá dobrar graças à nossa competitividade, nossa eficiência, nossa tecnologia e nossa sustentabilidade”, enfatizou.
De acordo com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sérgio Souza, a atividade irrigada é extremamente importante em regiões como o Nordeste e o Centro-Oeste. Neste contexto, ele destacou que o papel do Legislativo é cuidar da regulação da atividade irrigada sem descuidar do meio ambiente e da segurança hídrica. “Não teremos como alimentar a população mundial sem uma agricultura irrigada, garantindo a produtividade independente da sazonalidade do clima”.
No final do evento, as autoridades receberam uma placa comemorativa pelo Dia da Agricultura Irrigada.
Sérgio Souza, presidente da FPA
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