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CNA participa do 1º Fórum Brasil de Águas
Evento acontece de 5 a 9 de agosto em Foz do Iguaçu (PR)
Brasília (05/08/2024) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participa essa semana do 1º Fórum Brasil das Águas em Foz do Iguaçu (PR).
A assessora da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, Jordana Girardello, participou do painel sobre Mudanças Climáticas: Adaptação, resiliência e controle de riscos.
Jordana destacou que o Brasil, por ser um país tropical, precisou criar modelos que funcionassem. Por isso, a Embrapa foi uma grande aliada no desenvolvimento de cultivares adaptados às diversas regiões brasileiras.
“Isso ao longo das últimas décadas gerou um efeito poupa terra de 188 milhões de hectares na agricultura e 250 milhões de hectares na pecuária, com o aumento da produtividade na mesma área graças a adoção de tecnologia e ciência.”
Jordana falou ainda sobre a presença cada vez maior da irrigação na alimentação da população brasileira e mundial, porque devido ao uso da tecnologia, é possível verticalizar a produção no campo.
“Hortaliças e frutas dependem da irrigação, assim como a terceira safra do feijão que é 100% irrigado. Ou seja, além de auxiliar no aumento de quantidade e qualidade dos alimentos, ainda contribui para o controle inflacionário dos alimentos principalmente da cesta básica.”
A assessora da CNA lembrou que a irrigação entrou para o novo Plano ABC+ como tecnologia capaz de sequestrar mais carbono no solo e uma fonte de adaptação dos produtores às mudanças climáticas, ao permitir a complementação de água nos períodos de estiagem.
“A irrigação é fundamental para os períodos de escassez por isso acumular água no período da chuva é fundamental para a segurança hídrica na produção de alimentos, diminuindo os impactos.”
Segundo Jordana, o setor tem trabalhado e investido em manejo de solo e água porque “a maior caixa d’água está no solo e a infiltração dessa água é fundamental”. Além disso, acrescenta, o Brasil vem a décadas trabalhando nessas metodologias, como o Sistema Plantio Direto e várias outras práticas de manejo que compõe o plano ABC.
Para Jordana Girardello, é necessário ter a Política Nacional de Recursos Hídricos pensada a nível de estado e não de governo, porque assim, as ações podem continuar de forma independente, mesmo com a troca de governos.
"Assim o sistema se fortalece. E é importante ter ainda o fortalecimento dos comitês e das diretrizes preconizados pela política na construção descentralizada da agenda de água no país.”
Na terça (6), a assessora participa da instalação e 1ª reunião do Conselho Latino-Americano da Água.