ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

CNA participa de debates na COP 29
Whats App Image 2024 11 19 at 09 45 14

Representantes da Confederação estiveram na programação do Pavilhão Brasil

19 de novembro 2024
Por CNA

Brasília (19/11/2024) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) participou, na terça (19), da programação de painéis no Pavilhão Brasil na 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), que acontece até sexta (22), em Baku, no Azerbaijão.

Os debates ocorreram no dia dedicado à discussão dos sistemas agroalimentares na Conferência. Um dos temas debatidos nos painéis foi “Bioeconomia e Sistemas Agroalimentares na Amazônia: Desafios e Oportunidades para Empreendedores em um Mercado Emergente”, com a participação do vice-presidente e chefe da delegação da CNA na COP 29, Muni Lourenço.

Lourenço, que também é presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), abordou os desafios de se produzir na região amazônica, onde os produtores atendem a uma legislação ambiental mais rigorosa, tendo que cumprir 80% de reserva legal na propriedade, além das questões de infraestrutura, conectividade e acesso à informação.

Ele também destacou o potencial da bioeconomia na região, utilizando a rica biodiversidade local para agregação de valor e geração de renda. No entanto, ressaltou, são necessários investimentos em ciência e tecnologia e outras políticas para alavancar a atividade.

“Temos um desafio imenso em promover ascensão social e um potencial incrível cumprindo as exigências de sustentabilidade. Precisamos dar concretude à bioeconomia na Amazônia, promovendo o acesso ao crédito, à regularização fundiária e combater questões como o crime organizado e o narcotráfico”, ponderou.

Participaram do painel a coordenadora do Observatório de Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Talita Priscila Pinto, o diretor executivo do Fundo Vale, Rodrigo Lauria, o chefe de Relações Internacionais da Embrapa, Marcelo Morandi, e o presidente da Associação dos Negócios de Bioeconomia da Amazônia (Assobio), Paulo Reis. O moderador foi o sócio diretor do Agroícone, Rodrigo Lima.

Imagem

Outro debate teve como tema “Inovação e transparência como soluções climáticas para o Agro”, com a presença do consultor em meio ambiente da CNA, Rodrigo Justus. Segundo ele, a inovação no agro não passa apenas pela criação, mas também pela aplicação prática da pesquisa para o desenvolvimento das atividades.

Justus lembrou o trabalho de pesquisa em ciência que fez com que o Brasil deixasse de ser importador de alimentos para se tornar um dos grandes fornecedores ao mercado internacional e com um sistema de produção sustentável. A aplicação de pesquisa e de tecnologia, disse, fez com que a agropecuária aumentasse sua produtividade nas últimas décadas.

“Aumento de produtividade significa produzir mais na mesma área, então nós temos diminuído a pressão sobre as áreas nativas. E nossas culturas produzem mais com menos água, menos fertilizantes, com mais conservação de solo e com mais integração entre conservação e preservação”, destacou.

Justus também reforçou o compromisso do produtor em cumprir a reserva legal e as Áreas de Preservação Permanente (APPs) e mencionou, ainda, a eficiência dos sistemas produtivos na parte dos fertilizantes, o uso de bioinsumos, aplicação de biotecnologia.

O sócio diretor do Agroícone, Rodrigo Lima, destacou o papel da agricultura de baixa emissão de carbono como uma ação climática do Brasil para a garantia da segurança alimentar. Na sua avaliação, esta será uma importante ação com os avanços dos trabalhos do Grupo de Sharm el-Sheikh, obtidos na COP 29 (ações climáticas na agricultura).

“O Brasil tem o exemplo do ABC+ como ação e o Portal de Sharm el-Sheikh vai promover a transparência dessas iniciativas, com um conjunto de soluções e inovações para ajudar a resolver questões de mitigação e adaptação às mudanças climáticas”, completou.

“Pela primeira vez teremos instrumento formal pra mostrar o que os países estão fazendo em ações. E a inovação é a base pera produzir mais e melhor. O Brasil é o país que hoje tem mais instrumentos pra liderar agenda de ações climáticas em agricultura e segurança alimentar”, completou.

Também estiveram presentes no painel o chefe de Relações Internacionais da Embrapa, Marcelo Morandi, e a gerente de Comunicação da Croplife Brasil, Renata Meliga. O moderador foi o deputado federal Alceu Moreira.

Imagem

Economia Circular – Em outro debate, a gerente de Sustentabilidade da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Mariana Ramos, e a diretora de ESG da Federação da Agricultura do Estado Paraná (Faep), Fabiane Campos Romanelli, que integram a delegação da CNA, discutiram o tema “Economia Circular no Agronegócio: Práticas e Estratégias para a Sustentabilidade e Resiliência”.

O moderador do debate foi o deputado federal Zé Vitor. Participaram a deputada federal Marussa Boldrin, a subsecretária de Energia e Mineração na Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Marisa Maia de Barros, e Gustavo Mozzer, pesquisador da Assessoria de Relações Internacionais da Embrapa.

Áreas de atuação