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CNA encerra missão em Pequim com participação em reuniões e seminário
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Missão faz parte da celebração dos 50 anos da relação Brasil-China

7 de junho 2024
Por CNA

Brasília (07/06/2024) – A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, participou de uma agenda intensa com reuniões e eventos, na quinta (6) e na sexta (7), em Pequim, na China. A missão faz parte da celebração dos 50 anos da relação bilateral Brasil-China.

Na quinta (6), Sueme visitou a Academia Chinesa de Ciências Agrárias (CAAS), um centro de pesquisa e ensino nacional, vinculado ao Ministério da Agricultura da China. O CAAS participa da discussão e formulação de políticas agrícolas do país asiático, trazendo o ponto de vista científico.

No encontro, ela falou sobre as principais ações, projetos e programas do Sistema CNA/Senar e a importância do intercâmbio em cadeias produtivas específicas. Para ela, a aproximação institucional com o CASS é positiva, principalmente porque a academia participa da formulação de políticas públicas na China.

Reunião do CAAS Reunião do CAAS

“Esse relacionamento com a Academia Chinesa pode ser uma oportunidade de tentar influenciar ou levar a posição do Brasil sobre o agro e a realidade dos produtores rurais para essas discussões”, afirmou.

Outra agenda foi a reunião com o presidente da Associação de Carne da China, que representa os frigoríficos locais. Atualmente, a entidade conta com 8,5 mil membros que configuram 80% da produção de carne chinesa e 70% dos importadores. Na reunião, foi discutida a importância de o produtor brasileiro entender a realidade da importação chinesa de carne.

“A proteína brasileira chega aqui na China e muitas vezes o produtor não sabe, mas ele é influenciado quando os padrões de qualidade são determinados. Também falamos sobre a garantia de acesso ao mercado, manutenção e ampliação da exportação”, disse.

Já na sexta (7), a diretora se reuniu com o China Media Group (CMG), o maior grupo de mídia do país. Segundo ela, o debate foi muito produtivo e girou em torno de uma possível cooperação para a CNA levar informações e conteúdos sobre o setor agropecuário brasileiro para a China e o CMG trazer informações sobre o setor agrícola chinês para o Brasil.

A última agenda da missão foi o seminário “Diálogo Brasil-China sobre Financiamento Climático e Natural”, realizado no Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB). Sueme participou como palestrante do segundo painel que debateu a importância do financiamento para escalar soluções de agricultura e pecuária de baixo carbono.

Sueme Mori ao centro Sueme Mori ao centro

Em sua fala, ela destacou que o produtor rural brasileiro é o maior interessado na transição verde e que sem o financiamento climático não é possível ter um resultado relevante. De acordo com a representante da CNA, quando se fala em ações de agricultura e de baixo carbono, dois aspectos devem ser levados em consideração e o primeiro é a escala.

“O Brasil é um país continental e, portanto, as soluções devem ser escaladas, ou seja, a tecnologia tem que chegar na ponta, até o produtor. O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) já faz isso muito bem, por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), mas tudo isso demanda recurso, investimento”, explicou.

O segundo aspecto, disse Sueme, é que a agropecuária deve ser reconhecida como atividade comercial. Durante o discurso, Mori também reforçou que a sustentabilidade, além de ambiental, precisa ser enxergada do posto de vista econômico e social.

Durante os dias que Sueme esteve em Pequim, foi realizada a sessão plenária da Comissão Sino-brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban), que ocorre a cada dois anos no Brasil ou na China. O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, presidiu a sessão e esteve presente nas negociações.

Durante a sessão, foi assinado um protocolo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil e a Administração-Geral das Alfândegas da República Popular da China (GACC) sobre requisitos sanitários e de quarentena para a noz-pecã. “A abertura do mercado chinês para esse produto foi um grande avanço para o nosso setor”, disse.

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