ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

Campo Futuro realiza painéis de custos de pimenta do reino e cana
Painel Sao Mateus

Levantamentos ocorreram nesta semana no Espírito Santo e Mato Grosso

16 de abril 2025
Por CNA

Brasília (16/04/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nesta semana, painéis do projeto Campo Futuro para levantamento de custos de produção de pimenta do reino e cana-de-açúcar em dois estados.

Cana – O painel de cana ocorreu na terça (15), na sede da Associação dos Fornecedores de Cana do Vale do Rio Paraguai (Assovale), em Nova Olímpia, Mato Grosso. A assessora técnica da CNA Eduarda Lee acompanhou o debate e informou que a propriedade modal é de 2.800 hectares.

A expectativa para a safra 2025/2026 da região é de produtividade média de 71 toneladas por hectare e qualidade da matéria-prima de 138 quilogramas de ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) por tonelada de cana.

“Em relação ao plantio, permanece sendo realizado de forma totalmente manual na região. Produtores têm expandido o cultivo da cana sobre áreas até então de pastagens”, afirmou.

Pimenta do reino – Na segunda (14) e na terça (15), a CNA realizou os painéis com produtores de pimenta do reino no Espírito Santo. Em São Mateus, foi definida uma propriedade modal com 2 hectares cultivados, sendo bragantina a principal variedade produzida. O ciclo completo de produção na região é de março a fevereiro e a floração ocorre ao longo do ano, a depender do clima e manejo adotado em cada propriedade.

Painel em São Mateus Painel em São Mateus

Segundo a assessora técnica Letícia Barony, a região usualmente faz uma colheita de maior concentração, e entre uma a duas colheitas com menor volume, chamadas “colheita bonga”.

“Conforme relatado, a produtividade normal para a região é de 3 quilogramas de pimenta já seca por planta (aproximadamente 12kg de pimenta madura), mas no último ano, em decorrência das altas temperaturas e insolação, houve abortamento floral, com quebra de 50% na produção, logo, 1,5 kg pimenta seca/planta”, disse.

Em Jaguaré, foi definido 2,5 hectares de propriedade modal cultivados com a cultura, mas diferente da outra região, a pimenta não é a principal atividade produtiva, mas sim o café, com cerca de 20 hectares. Em semelhança à região de São Mateus, o clima também gerou quebra de 50%, tendo produtividade de 1,5 kg de pimenta seca por planta, cerca de 5,25 kg de pimenta madura.

Painel em Jaguaré Painel em Jaguaré

“Algumas alternativas vêm sendo testadas a campo, para minimizar efeitos do calor, dentre eles o uso de tutor vivo (com neem, gliricidia ou mamona), ou uso de protetor solar”, explicou Letícia.