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CNA e entidades do agro participam de missão à China
Inovações biotecnológicas e sustentabilidade agrícola foram assuntos da programação
Brasília (14/11/2024) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras entidades do setor participaram, de 7 a 14 de novembro, de uma missão empresarial à China, com o objetivo de fortalecer a relação entre os dois países nas áreas de inovação biotecnológica e sustentabilidade agrícola.
A missão foi organizada em parceria com a CNA, Embrapa, Aprosoja Brasil, Abramilho, Anec e o Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC), com apoio da Bayer. A iniciativa celebrou os 50 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e a China, reforçando o papel do país asiático como o maior importador de produtos agrícolas brasileiros.
Além das entidades parceiras, integraram a delegação o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, André Dobashi, a senadora Tereza Cristina e o deputado federal Sérgio Souza.
Durante os encontros em Xangai e Pequim, foram discutidos temas como biotecnologia, classificação de grãos, sustentabilidade, qualidade da soja e parcerias tecnológicas.
Em Pequim, André Dobashi participou de um encontro com a Associação Nacional de Sementes da China (CNSA). O tema do debate foi o papel da biotecnologia na agricultura moderna, com foco no desenvolvimento de sementes mais produtivas e resistentes.
A vice-presidente da CNSA, Ma Shuping, destacou as iniciativas chinesas em inovação, enquanto Dobashi ressaltou a necessidade de maior alinhamento regulatório para facilitar o comércio entre os dois países.
Na reunião com a Comissão de Agricultura do Congresso Nacional do Povo Chinês (NPC), André Dobashi, a senadora Tereza Cristina e o deputado Sérgio Souza, e o ministro Jiang Chaoliang, vice-diretor da Comissão de Agricultura do NPC, abordaram temas como segurança alimentar e a importância de aprovações regulatórias mais rápidas para biotecnologias.
Durante visita à Academia Chinesa de Ciências Agrárias (CAAS), o presidente da Comissão da CNA conheceu o National Crop Genebank e projetos de inovações agrícolas liderados pela academia. Foram apresentadas tecnologias em desenvolvimento genético e sustentabilidade.
A programação da missão também contou com uma reunião na Embaixada do Brasil em Pequim. As discussões com o embaixador Marcos Galvão, autoridades brasileiras e membros da delegação focaram na consolidação das relações bilaterais, destacando o papel do agro na segurança alimentar global e nas exportações para a China.
No último dia, o Workshop Sino-Brasileiro de Inovação para Agricultura Sustentável e Segurança Alimentar destacou o potencial de colaboração para reduzir os tempos de aprovação regulatória de biotecnologias entre Brasil e China.
O representante da CNA participou de painéis sobre inovação, contribuindo com exemplos práticos do impacto da biotecnologia na agricultura brasileira. Segundo ele, a aproximação com o mercado chinês é fundamental para o agro brasileiro, especialmente em um momento de crescente demanda global por soluções sustentáveis e inovadoras.
“A sinergia entre Brasil e China é essencial para garantir a segurança alimentar e promover a adoção de tecnologias que aumentem a produtividade com responsabilidade ambiental”, afirmou.