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CNA encerra júri técnico do Prêmio Brasil Artesanal de vinhos e espumantes
Final Juri Tecnico2

Avaliação foi realizada nesta semana, em Brasília

20 de outubro 2023
Por CNA

Brasília (20/10/2023) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil encerrou, na sexta (20), a etapa do júri técnico do Prêmio CNA Brasil Artesanal, que avaliou 140 marcas de vinhos e espumantes de pequenos produtores rurais. A relação dos finalistas será divulgada na próxima semana.

O encerramento da etapa com os 15 jurados foi feito pelo coordenador de Produção Animal da CNA, João Paulo Silveira, juntamente com as assessoras técnicas da CNA, Fernanda Regina e Letícia Fonseca.

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Os jurados estiveram reunidos em Brasília desde quarta (18) para avaliar os rótulos. Eles serão responsáveis por selecionar 20 produtos, que passam para a etapa do júri popular. Serão escolhidos cinco rótulos, em cada uma das quatro categorias do concurso: vinho branco; vinho tinto; espumante moscatel; e espumante método chamat ou tradicional.

As amostras são provenientes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Goiás e de Pernambuco.

“Independentemente das regiões, de Norte a Sul do Brasil, temos vinhos bem interessantes. Esse concurso mostra o potencial do vinho brasileiro, que com certeza ainda tem muito a evoluir, mas já tem um nível bastante interessante. A qualidade chamou a atenção de todo o corpo de jurados técnicos”, disse o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), André Kulkamp.

André Kulkamp, pesquisador da Epagri André Kulkamp, pesquisador da Epagri

A qualidade dos vinhos e espumantes impressionou os jurados. Para a doutora em viticultura, Aline Mabel, hoje em dia o Brasil já é reconhecido como um grande produtor de vinho. “Estamos com um nível altíssimo de qualidade. Só tem a perder quem não degusta vinho nacional, porque tem para todos os bolsos”, brincou a especialista.

A juíza internacional de qualificação de vinhos, Rachel Nariyoshi, complementa dizendo que “a produção nacional está melhor a cada safra”. A jurada participa de inúmeros concursos dentro e fora do país e destaca a alta qualidade dos vinhos nacionais.

Avaliação - Segundo Fernanda Regina, toda a avaliação utilizou normativas internacionais e foi realizada às cegas, por meio de codificação individual. Cada jurado avaliou as amostras identificadas apenas por um QR Code e um código numérico.

Segundo o pesquisador da Epagri, Vinícius Caliari, o júri técnico foi muito bem organizado e de excelente qualidade por reunir uma equipe multidisciplinar, com sommeliers, enólogos e pesquisadores.

Vinícius Caliari durante júri técnico Vinícius Caliari durante júri técnico

“A lisura do processo, o desconhecimento das amostras por todos os jogadores, remete justamente a uma bela organização que foi realizada para valorizar os pequenos e médios produtores”, disse.

Segundo Kulkamp, as amostras foram servidas completamente sem identificação, para que somente o grupo de apoio pudesse saber quais são os rótulos e os produtores. “Essa informação é sigilosa em todo o processo”, afirmou.

Os jurados consideraram critérios como sabor, aroma e visual. “A primeira delas é a análise visual, onde observamos a limpidez, a coloração desse vinho e todo o aspecto da bebida. Depois é a análise olfativa, onde observamos se tem algum defeito, a qualidade, os aromas presentes e a densidade aromática. Por último fazemos a análise degustativa. E assim, conseguimos chegar a pontuação final”, explicou a jurada Aline Mabel.

Aline Mabel, jurada técnica Aline Mabel, jurada técnica

Os produtores finalistas no concurso vão receber as avaliações do júri técnico dos seus produtos. “Os produtores rurais que vierem a ser premiados terão uma valorização em nível nacional muito bacana, valorizando seus produtos. Além disso, vão ter um feedback a respeito de seus produtos, de como tentar melhorá-los ou torná-los mais atrativos do ponto de vista do consumidor”, pontuou Vinícius Caliari.

“Podemos afirmar, baseado em edições anteriores, que esse prêmio é um divisor de águas na vida desses pequenos produtores rurais pela visibilidade e aferição de qualidade que um concurso como esse traz aos produtos”, enfatizou Fernanda Regina.

Durante o encerramento das atividades, a sommelier Claudia Oliveira falou em nome do grupo. “Para nós foi uma honra muito grande participar do Prêmio CNA Brasil. São momentos como estes que conseguimos elevar o conhecimento, trocar experiências e trazer um enriquecimento para todo o setor”, disse.

A sommelier Claudia Oliveira recebe certificado da assessora técnica da CNA, Fernanda Regina A sommelier Claudia Oliveira recebe certificado da assessora técnica da CNA, Fernanda Regina

Próximas etapas - Os 20 rótulos selecionados farão parte do júri popular, que será realizado na segunda quinzena de novembro em Brasília (DF). A última etapa do concurso é a análise das histórias dos vinhos e espumantes, quando o produtor descreverá o processo produtivo utilizado na produção, as tradições e as regionalidades.

Os cinco primeiros colocados do concurso, nas quatro categorias, receberão certificados e prêmios em dinheiro. Os três primeiros colocados de cada categoria receberão Selo de Participação (Ouro, Prata ou Bronze, conforme a classificação) do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2023 – Vinhos e Espumantes.

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Prêmio - Na edição de vinhos e espumantes, o prêmio é realizado pela CNA em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e Associação Brasileira de Sommeliers do Distrito Federal (ABS-DF).

O concurso é uma iniciativa das ações do Programa de Alimentos Artesanais e Tradicionais da CNA, que oferece soluções e alternativas ao pequeno e médio produtor rural que auxiliem na sua profissionalização e na capacidade de agregar valor a esses tipos de alimentos.

Desde 2019, a CNA promove o Prêmio CNA Brasil Artesanal. Já foram premiados produtores de chocolates, queijos, salames e cachaças e azeites.

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