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CNA participa de audiência sobre uso de defensivos agrícolas
Debate foi realizado na segunda (25), na Câmara dos Deputados
Brasília (26/11/2024) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), participou, na segunda (25), de audiência pública na Câmara dos Deputados para discutir o uso de defensivos agrícolas neonicotinoides no país.
Esse tipo de inseticida é utilizado no controle de pragas de relevância econômica para muitas culturas no país como soja, milho, cana, café e algodão.
Durante a audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, o diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, afirmou que os defensivos agrícolas são ferramentas de trabalho dos produtores rurais e compõem um dos principais itens de custo de produção da maioria das atividades agrícolas.
“O produtor não é detentor de moléculas, ele é usuário, e o uso é feito somente quando se justifica diante dos impactos econômicos dos ataques de pragas. No caso dos neonicotinoides, a relevância deles para os agricultores está associada eficiência de controle, no menor custo de aquisição e o seu papel na proteção de culturas de altíssima relevância socioeconômica”.
Segundo Maciel, as moléculas que compõem os neonicotinoides de amplo uso não possuem substitutos no mercado, que resguardem as mesmas características de baixa toxicidade a humanos, de custo de aquisição e principalmente de eficiência.
O diretor da CNA destacou que a proibição do uso de defensivos neonicotinoides sem a adequada substituição e embasamento científico pode gerar aumento dos custos de produção e, consequentemente, nos preços dos alimentos com efeito para toda sociedade
“A preocupação do banimento irracional das moléculas desse grupo químico pode ter efeitos adversos para a população como um todo, que vai desde a elevação do custo dos alimentos e passando inclusive por problemas de saúde pública, ao passo que são moléculas utilizadas inclusive no controle do mosquito da dengue (aedes aegypti)”.
Quanto as reavaliações dos ingredientes ativos do grupo químico dos neonicotinoides, a CNA aponta que o adequado cumprimento na nova lei de agrotóxicos (Lei 14.785/2023) já soluciona grande parte das inseguranças jurídicas associadas.
“A nova lei de agrotóxicos buscou corrigir problemas associados a reavaliação, principalmente, no que se refere a coordenação do processo, busca por inserção de critério econômicos no plano de substituição de moléculas, bem como na manutenção do registro de produtos genéricos mesmo que com a reavaliação. Cumpri-la é retirar mais um risco das costas dos produtores, que já opera com margens estreitas e riscos altos associados a problemas climáticos, ataques de pragas e oscilações de mercado. Insegurança na atuação do estado é um risco que o produtor não pode mais correr”.
Assista ao debate na íntegra: https://www.youtube.com/watch?v=Q37vuRw4Iik