CNA destaca ações para reduzir impactos na comercialização de alimentos
Superintendente técnico da entidade participou na sexta (3) de uma conversa ao vivo no Instagram
Brasília (03/04/2020) – O superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Bruno Lucchi, participou na sexta (3) de uma conversa ao vivo pelo perfil do Sistema CNA no Instagram para dar um panorama do mercado nacional e detalhar as ações da entidade para reduzir os impactos da crise do coronavírus no setor agropecuário.
Durante a transmissão, Bruno destacou a Feira Segura como uma das principais medidas de apoio à comercialização de produtos agrícolas, principalmente os perecíveis (leite e derivados, frutas, flores e hortaliças e crustáceos).
O projeto foi realizado hoje (3), em Goiânia, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e o governo do estado, para estimular a realização de feiras livres em todo o País seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar o contágio do Covid-19.
“A ideia era comercializar os produtos diretamente na feira e também pelo sistema de drive thru. A gente acredita que foi uma iniciativa bem sucedida e que pode servir de exemplo para outros estados”.
Outra medida que contou com a atuação da CNA foi a publicação de um ofício circular do Ministério da Agricultura, que autoriza laticínios com o Selo de Inspeção Federal (SIF) a comprar leite de pequenas indústrias com selos de inspeção estaduais ou municipais.
“Nós recebemos reclamações de produtores que não estavam conseguindo vender o leite, pois os pequenos laticínios para o qual forneciam estava sem mercado. A gente acredita que essa alteração temporária da norma vai ajudar todo o setor lácteo”, disse Bruno.
O superintendente também falou de outras duas demandas da entidade atendidas pelo Governo Federal: a prorrogação dos prazos de entrega do Livro Caixa Digital do Produtor Rural (LCDPR) e do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), de 30 de abril para 30 de junho.
Proagro – De acordo com Bruno, a CNA defendeu que os produtores rurais que contrataram o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) na safra 2019/2020 façam a comunicação de forma remota sobre perdas na produção durante o período de crise provocada pela pandemia do coronavírus.
A proposta foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e dispensa o produtor rural de assinatura para comunicar a perda, o que poderá ser feito por e-mail, aplicativo disponibilizado pelo agente operador do Proagro ou outro canal pra esta finalidade, como por telefone.
Insumos – De acordo com Lucchi, a Confederação está preocupada com os impactos futuros da pandemia nos preços dos insumos agrícolas. “O aumento do dólar é uma preocupação do setor, pois 80% dos fertilizantes são importados. Qualquer iniciativa de redução de tributos vai nos ajudar futuramente”.
A renovação do Convênio ICMS nº 100/1997, que reduz a base de cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre insumos agropecuários, também está entre as medidas solicitadas ao Ministério da Economia.
Durante a conversa ao vivo, o superintendente falou de outros setores que estão enfrentando problemas de comercialização e que a entidade continua trabalhando para reduzi-los.
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