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Para CNA, agro precisa ser protagonista na gestão dos recursos hídricos
David agua abre

Tema foi debatido no workshop “Setor Agropecuário na Gestão da Água”, na sexta (16)

16 de junho 2023
Por CNA

Brasília (16/06/2023) – O presidente da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, David Schmidt, abriu o workshop “Setor Agropecuário na Gestão da Água”, na sexta (16), e afirmou que o país precisa ampliar sua participação e ser protagonista na gestão dos recursos hídricos.

“Já que somos o maior usuário e o mais preocupado na manutenção da segurança hídrica, ao invés de esperar que os outros decidam por nós, devemos tomar à frente nisso, apresentando nossos planos, projetos e gestão". Schmidt pontuou ainda que é fundamental capacitar os representantes do setor nos comitês de bacias para garantir a segurança e disponibilidade do uso do recurso hídrico.

Presidente da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, David Schmidt Presidente da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, David Schmidt

"A CNA pensou nesse workshop para começar a construir uma rede de relacionamento com as federações e associações para estender esse relacionamento aos comitês de bacia dando suporte, capacitação e consultoria visando à resolução de conflitos com foco na legalidade e empoderamento dos comitês”.

Pela manhã, após a abertura, o workshop debateu o tema Políticas Públicas e Gestão dos Recursos Hídricos, com a participação de representantes dos Ministérios da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), Agricultura e Pecuária (Mapa) e Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).

O secretário de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira, falou sobre as ações do ministério como os projetos públicos de irrigação e destacou que a atividade é importante para a geração de emprego e renda, segurança alimentar, diminuição da pressão sobre novas fronteiras agrícolas, além da mitigação dos gases de efeito estufa.

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“Debater irrigação é importante para que os produtores sejam cada vez mais eficientes e competitivos na gestão dos recursos hídricos, principalmente devido ao potencial de expansão da irrigação no País. Com isso, teremos maior visibilidade internacional e desenvolvimento regional que a agricultura irrigada proporciona”.

Em relação às outorgas para uso da água, o diretor da ANA, Filipe Sampaio, disse que a agência está passando por uma transformação digital para dar celeridade à emissão do documento.

“Montamos uma estratégia que inclui a integração com os estados, a criação do Projeto Outorga 4.0 como forma de tornar mais célere a outorga, assim como melhorar a atuação e a negociação caso a caso,” comentou.

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Sampaio ressaltou que a agência tem priorizado a integração do processo de outorga em alguns estados como Bahia, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, São Paulo e Tocantins, que apresentam crescimento na demanda hídrica para os próximos anos.

O superintendente de Regulação de Recursos Hídricos da ANA, Marco Neves, reforçou a transformação digital da agência com o lançamento do aplicativo Águas do Brasil e da integração entre os sistemas de regulação estaduais de uso da água com o sistema federal (Regla).

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“A necessidade de integração entre os sistemas entrou na agenda de recursos hídricos e estamos trabalhando para tornar as autorizações de usos da água mais céleres por conta da necessidade do próprio cidadão. A ideia é criar uma plataforma nacional com estratégia de adesão estadual”.

Outro tema abordado no painel foram as ações do Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (ABC+), com o coordenador substituto para Planejamento de Solo e Água do Ministério da Agricultura, Elvison Ramos.

Segundo Ramos, o plano visa promover a adaptação da agropecuária brasileira às mudanças do clima e a mitigação das emissões de GEEs com aumento da eficiência e resiliência dos sistemas produtivos por meio da gestão integrada da paisagem.

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Ele ressaltou que o setor agropecuário se desenvolveu com base em avanços científicos e tecnológicos e que produz com sustentabilidade utilizando o efeito poupa terra.

“Lá fora intensificar é sinônimo de degradar, mas para nós não, intensificar é conseguirmos produzir quatro colheitas em um ciclo de água incluindo a sazonalidade das chuvas”, afirmou. “O plano tem eixos estratégicos para promover a agropecuária sustentável de uma forma mais ágil”.

A consultora da CNA e presidente da Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação do Ministério da Agricultura, Priscila Sleutjes, foi a moderada do painel e reforçou a importância de o produtor fazer parte da gestão dos recursos hídricos.

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"É muito importante o produtor ter o conhecimento da parte técnica da irrigação e de como torná-la cada vez mais sustentável. Dentro da gestão das águas não podemos dissociar a segurança hídrica nem a segurança alimentar que é feita de forma sustentável hoje".

À tarde, o workshop debateu ainda o setor agropecuário na gestão hídrica das bacias com apresentação de cases sobre gestão participativa de água e o papel da irrigação no desenvolvimento socioeconômico dos territórios.

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