ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

CNA recebe pesquisadores japoneses
Visita pesquisadores japoneses

Encontro aconteceu na sede da confederação, em Brasília, na quinta (14)

15 de março 2024
Por CNA

Brasília (15/03/2024) A CNA se reuniu com pesquisadores da Corporação das Indústrias Agrícolas e Pecuárias do Japão (Alic), na quinta (14), que vieram conhecer mais detalhes sobre a produção de açúcar e etanol de milho do Brasil e estreitar relações no comércio entre os dois países para esses produtos.

Hiroyuki Yamazaki, gerente do Grupo de Pesquisa Internacional, e o pesquisador Hiroyuki Minegishi demonstraram interesse na importação principalmente do açúcar brasileiro. Eles relataram que, atualmente, 90% do produto consumido no Japão vem da Austrália.

Hiroyuki Yamazaki, gerente do Grupo de Pesquisa Internacional, mostra o trabalho da Alic. Hiroyuki Yamazaki, gerente do Grupo de Pesquisa Internacional, mostra o trabalho da Alic.

Segundo eles, os japoneses têm sofrido com a oscilação de preços do produto no mercado internacional e o açúcar brasileiro seria mais competitivo e buscam entender medidas, que possam permitir a inserção do produto brasileiro no Japão. O mercado de etanol de cana e milho no Brasil e sustentabilidade da produção agrícola brasileira também compuseram a pauta.

O diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, fez uma apresentação sobre o panorama da produção das duas culturas no país.

Diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, explica produção de grãos e açúcar no país. Diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, explica produção de grãos e açúcar no país.

“O etanol tanto de milho quanto de cana-de-açúcar tem sido uma alternativa para diversificação do uso das matérias primas e amortecimento de oscilações bruscas de mercado. Ainda, o Brasil tem usufruído da sua aptidão para incentivar a produção de combustíveis renováveis tornando a matriz energética ainda mais limpa. No entanto, no Brasil temos condição plena de atender o abastecimento de alimentos sem oferecer qualquer prejuízo para a produção de alimento e é o que temos feito, inclusive, para a exportação”, disse.

Hiroyuki Yamazaki ressaltou que o Japão sempre foi um país que incentivou a produção interna em detrimento da importação, mas que essa visão está mudando devido aos custos de produção e falta de mão-de-obra.

O coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses, Felipe Spaniol, afirmou que há muitos anos o Brasil busca um acordo comercial com o Japão, o que facilitaria as exportações brasileiras para o país asiático, hoje altamente dependente de importação de alimentos.

Coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses, Felipe Spaniol Coordenador de Inteligência Comercial e Defesa de Interesses, Felipe Spaniol

“Para os produtores rurais essa é uma das prioridades na agenda de negociações internacionais. Além do Acordo, a CNA vem trabalhando com o governo para abertura do mercado japonês para carnes bovina e suína, pulses e frutas tropicais.”

Já Maciel Silva destacou que o Brasil é um grande produtor de açúcar e etanol e exporta para mais de 100 países levando em consideração suas especificações. “Tendo demanda, preço competitivo, temos condições de atender qualquer mercado quanto as especificações de qualidade”, frisou.

Participaram da reunião a diretora da Assessoria de Relações Institucionais da CNA, Mirian Vaz, o diretor adjunto de Assistência Técnica e Gerencial do Senar, Eduardo Oliveira, o assessor da Diretoria Técnica, Tiago Pereira, e a assessora de Relações Institucionais, Luana Fernandes. Novas reuniões devem acontecer para troca de conhecimento e aproximação entre as instituições.