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Comissão Nacional de Cana-de-açúcar da CNA discute estimativa de safra e combate a incêndios
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Encontro híbrido ocorreu na quinta (31), em Brasília

31 de outubro 2024
Por CNA

Brasília (31/10/2024) – A Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quinta (31), para avaliar as estimativas para o fechamento da safra 2024/2025 e as perspectivas para a safra 2025/2026 e discutir ações de combate a queimadas e medidas pós-incêndios.

O sócio-diretor do Pecege Consultoria e Projetos, Haroldo Torres, apresentou as estimativas de fechamento da safra 2024/2025 e as perspectivas para a próxima safra, abordando indicadores técnicos, produtividade do setor e projeções de mercado.

Torres destacou os desafios enfrentados no atual ciclo que impactarão a próxima temporada. “Para a safra 2025/2026, já identificamos um desafio de produtividade, o que nos leva a crer que haverá uma redução na produção”, afirmou.

Haroldo Torres, sócio-diretor do Pecege Consultoria e Projetos Haroldo Torres, sócio-diretor do Pecege Consultoria e Projetos

O pesquisador também observou que houve uma diminuição na área plantada com cana em 2024, o que resultará em uma safra com uma idade média maior, pressionando ainda mais o plantio.

Apesar dos desafios, Torres expressou otimismo. “Embora a próxima safra seja menor em termos de produção, o Brasil permanece em posição favorável no mercado de açúcar e tem um cenário promissor para o etanol”, explicou.

Nelson Ananias, coordenador de Sustentabilidade da CNA, abordou as ações de combate e as medidas adotadas após os incêndios. Ele mencionou uma Nota Técnica divulgada pela CNA com recomendações aos produtores rurais afetados.

Nelson Ananias, coordenador de Sustentabilidade da CNA Nelson Ananias, coordenador de Sustentabilidade da CNA

Em setembro, a CNA reportou que os incêndios causaram perdas estimadas em R$ 14,7 bilhões, afetando 2,8 milhões de hectares de propriedades rurais no Brasil. Para auxiliar os produtores, a Confederação elaborou um comunicado técnico com orientações antes, durante e após os incêndios.

Além disso, Ananias falou sobre a participação do setor agropecuário na 29ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 29), que ocorrerá de 11 a 22 de novembro em Baku, no Azerbaijão.

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A CNA se prepara para apresentar o posicionamento do setor agropecuário brasileiro na conferência. “A CNA enviará uma delegação para tratar dos interesses do setor. Esta COP será crucial para definir a agenda da COP 30, que acontecerá em 2025 no Brasil e abordará as opções climáticas que os países precisarão renovar a partir do próximo ano”, explicou Ananias.

A assessora técnica da Comissão, Eduarda Lee, fez um panorama sobre as últimas conquistas legislativas como o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Lei 14.902/24), o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Lei 14.900/24) e a Lei dos Combustíveis do Futuro (Lei 14.993/24).

Eduarda Lee, assessora técnica da CNA, e Nelson Perez, presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar Eduarda Lee, assessora técnica da CNA, e Nelson Perez, presidente da Comissão Nacional de Cana-de-Açúcar

Ela também tratou da tramitação de projetos relevantes para o setor sucroenergético no Congresso Nacional, incluindo o Projeto de Lei 3149/20 que garante o repasse de CBios a produtores independentes de biomassa - aprovado na Câmara dos Deputados na última quarta (30), e o Projeto de Lei 327/21 que institui o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten).

“Conseguimos importantes avanços legislativos que estão alinhadas às nossas propostas e reivindicações, pois são medidas que podem alavancar o setor sucroenergético”, finalizou Eduarda.

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