CNA divulga pesquisa sobre produção e venda de alimentos artesanais e tradicionais
Mais de 80% dos produtores de alimentos artesanais e tradicionais recomendam a atividade para quem ainda não está no segmento.
Por: Assessoria de Comunicação CNA/SENAR
Brasília (06/06/2018) – Mais de 80% dos produtores de alimentos artesanais e tradicionais recomendam a atividade para quem ainda não está no segmento. Esta é uma das conclusões da pesquisa sobre produção e a venda de alimentos artesanais realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A superintendente técnica adjunta da CNA, Natália Fernandes, apresentou o resultado do levantamento nesta quarta (6), durante o “Seminário Agro em Questão – Alimentos Artesanais e Tradicionais”, realizado na sede da entidade, em Brasília.
“Por mais que seja um setor que enfrente muitos desafios, os produtores acreditam no potencial de crescimento e recomendam a atividade para outros produtores”, declarou Natália.
Natália Fernandes, superintendente técnica adjunta da CNA
Entre os meses de abril e junho, a CNA realizou disponibilizou um formulário online com 30 perguntas relacionadas ao perfil da propriedade, tipo de alimento, características de produção e comercialização, capacitação, anseios e percepções.
A pesquisa constatou que 64% são produtores artesanais e 38% ainda não trabalham com esses produtos, mas têm interesse em produzir esses alimentos.
“Identificamos que está crescendo a procura por esses produtos. Por isso, temos interesse em conhecer a realidade desses produtores para nos aprofundarmos no assunto”, destacou Natália.
A maior parte dos produtores que fizeram parte da pesquisa está na região Sudeste, com 35,5%, seguida pelas regiões Centro-Oeste, Norte e Sul. São produtores principalmente de queijos, geleias e compotas. Os participantes que responderam a pesquisa também produzem licor, café, defumados e polpa de frutas.
Produtores artesanais mostram seu trabalho no Agro em Questão
Quando perguntados sobre capacitações, 61% responderam que fizeram preparação para trabalhar de forma artesanal. Os tipos de cursos mais citados foram: boas práticas, processamento, produção e manipulação de alimentos e tecnologia de leite.
A grande maioria utiliza a mão-de-obra familiar na produção, segundo 82% dos pesquisados. Deste total, 40% utilizam em médias duas pessoas da família e 53% não têm mão-de-obra contratada.
Quanto à comercialização, a grande maioria é realizada por encomenda (74%), enquanto 57% dos itens são vendidos em feira livre, seguidos por venda direta na propriedade (48%), internet (29%) e supermercados (24%).
De acordo com a superintendente técnica adjunta da CNA, os dados gerados na pesquisa possibilitarão o início de um trabalho para fortalecer o setor de produção artesanal e tradicional. “Além disso, a realização do seminário servirá para encontrarmos outros motivos para trabalhar em prol do desenvolvimento da produção desses alimentos”, concluiu.
Acesse a íntegra da pesquisa aqui .
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