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CNA debate importância do mapeamento do solo
Live com representantes da Embrapa e do Inpe analisou a necessidade de manutenção do projeto Terraclass
Brasília (27/10/2020)
– A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Embrapa Amazônia Oriental e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) debateram, na terça (27), a importância do uso do solo nas políticas ambientais através do projeto Terraclass.
O projeto do governo federal mapeou e qualificou áreas desmatadas na região da Amazônia Legal para a definição de ações governamentais voltadas ao desenvolvimento da produção agrícola nacional sob bases sustentáveis.
“Precisamos de instrumentos como o Terraclass, que fornecem dados precisos e assertivos para mostrar com transparência o que vem sendo feito pelo setor agropecuário brasileiro, como o uso eficiente dos recursos naturais”, afirmou Nelson Filho, coordenador de Sustentabilidade da CNA e moderador do debate.
A Embrapa e o Inpe são responsáveis pela coordenação e execução do projeto, que tem monitorado e tabulado dados de 2004 a 2014 da Amazônia Legal.
“Essa foi uma oportunidade de mostrarmos um pouco do que fazemos na Amazônia em busca de caminhos para desenvolver a região de forma sustentável”, disse Adriano Venturieri, chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental.
Ele fez uma apresentação do projeto que foi iniciado devido à contestação dos dados do Prodes - Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. “É claro que para esse desenvolvimento precisamos de informações, não podemos pensar em planejar nenhum tipo de ação sem conhecermos nosso território e o Terraclass vem nesse sentido, de trazer luz aos achismos sobre a Amazônia”.
Cláudio Almeida, coordenador de Monitoramento da Amazônia e Demais Biomas do Inpe, reforçou a importância do uso eficiente dos recursos naturais e a necessidade do produtor rural conhecer os impactos que estão acontecendo na região.
“O Terraclass traz conhecimento para pensarmos na definição de políticas públicas e manejo técnico da região, além de analisar o que pode ser melhorado na paisagem produtiva. O projeto consegue identificar essas áreas, mostra as pastagens cultivadas ao longo do tempo. É uma ferramenta incrível que tem muitas potencialidades.”
Venturieri mostrou a evolução das áreas mapeadas pelo projeto entre 2004 e 2014, como a agricultura anual e diversas etapas da produção de pastagens.
“Esses números são importantes para entendermos como funciona a dinâmica da ocupação do solo e as alterações de legislação”, ressaltou Nelson Filho. Ele lembrou que, em 2014, o novo Código Florestal tinha apenas dois anos e que as tecnologias de monitoramento já tinham se aperfeiçoado muito para que a legislação fosse cumprida.
“O produtor rural tem o anseio de mostrar que ele está cumprindo o Código Florestal e quem não está cumprindo precisa de ajuda para cumprir e nós precisamos saber onde estão essas pessoas. Isso mostra a importância de trazer de volta essa análise que o Terraclass faz”.
Assista o debate na íntegra:
Para mais informações sobre o projeto, acesse: https://www.terraclass.gov.br/
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