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CNA debate cenário e perspectivas para os setores de borracha natural, celulose e carvão vegetal
Eucalipto Wenderson Araujo

Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura se reuniu na quinta (22)

23 de julho 2021
Por CNA

Brasília (23/07/2021) A Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na quinta (22), para debater o cenário atual e as perspectivas para os setores da indústria de celulose, da heveicultura e do carvão vegetal para siderurgia.

O presidente da Associação Brasileira de Produtores e Beneficiadores de Borracha Natural (Abrabor), Antônio Carlos da Costa, falou sobre o mercado de borracha natural. Segundo ele, a cadeia produtiva movimenta R$ 28,7 bilhões, gera mais de 100 mil empregos, sendo 22,8 mil só na heveicultura.

“A cultura da seringueira tem impactos econômicos e sociais extremamente positivos para o agro brasileiro. A extração do látex ou sangria é uma atividade estritamente manual, o que faz dela uma cultura intensiva em mão de obra”, disse o presidente da Abrabor.

Com relação às perspectivas de mercado, Antônio Carlos afirmou que neste ano a demanda por borracha natural deve crescer 5,8% e a produção 5,7%. De 2022 em diante, a taxa de crescimento da oferta deve se manter continuamente mais baixa do que a demanda e os preços devem sofrer pressão altista.

“Se os preços continuarem atrativos, a expectativa para os próximos cinco anos é de um aumento de 40% da área de produção com látex no Brasil”.

Sobre a indústria de celulose no Brasil, o diretor-executivo da Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), José Carlos da Fonseca Júnior, destacou que o setor está presente em cerca de mil municípios brasileiros e gera mais de 1,7 milhão de empregos diretos. Em 2020, alcançou a marca de mais de US$ 10 bilhões em exportação.

“Temos de mostrar aos consumidores, que estão cada vez mais exigentes, que não há uma folha de papel produzida no Brasil que não venha de florestas plantadas com essa finalidade. São 9 milhões de hectares de eucalipto, pinus e outras espécies para o destino industrial, em sua maioria em sistema de plantio mosaico, onde há manutenção da biodiversidade”.

Para José Carlos, o plantio de árvores tem papel fundamental na mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEEs) e enfrentamento das mudanças climáticas. “É um setor que já está no futuro do carbono negativo, graças ao dinamismo e à inovação”.

Durante a reunião da Comissão, o presidente do Sindicato da Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais (Sindifer-MG), Fausto Varela Cançado, fez uma apresentação sobre a atual conjuntura do setor siderúrgico, que atualmente gera mais 9,7 mil empregos diretos e mais de 45 mil indiretos, considerando a silvicultura e a produção de carvão.

Fausto também falou sobre a produção de ferro gusa e sua relação com a demanda por carvão vegetal. O gusa é o insumo básico para a fabricação de aço e produtos de fundição. Em 2020, o Brasil produziu 5 milhões de toneladas de ferro gusa sustentável. Minas Gerais foi responsável por 3,9 milhões de toneladas (77,7%).

“A projeção para 2021 é uma produção de 4,1 milhões de toneladas de ferro gusa verde. O Brasil precisa demonstrar para seus clientes potenciais o diferencial da utilização do gusa a carvão vegetal na produção de aços e fundições”, disse Varela.

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