Grão-de-bico, uma oportunidade no mercado internacional
Com grande consumo no mundo, a produção é muito dispersa geograficamente e Índia, Austrália, Turquia, Rússia e Estados Unidos lideram a produção mundial, que está estimada em mais de 17 milhões de toneladas (FAO, 2018).
O grão-de-bico (Cicer arietinum L.) é uma leguminosa naturalmente de clima frio, com boa adaptação a temperaturas entre 15º e 35ºC, a depender da cultivar. No Brasil, devido ao aumento do interesse dos agricultores e a maior demanda, muitas cultivares já foram desenvolvidas para as condições climáticas do país, inclusive, muitas delas adaptadas às condições de cerrado.
Dois grupos comerciais (variedades) de grãos-de-bico são explorados, o Desi e o Kabuli. No Brasil, o grupo Kabuli é o mais cultivado e aceito pela população, mas, a grande demanda nos países asiáticos é o grupo Desi. Algumas variedades foram desenvolvidas pela Embrapa Hortaliças, como a BRS Aleppo, BRS Cristalino, BRS Toro e BRS Cícero.
Apesar de todo empenho no desenvolvimento tecnológico e para a abertura de novos mercados, a produção brasileira de grão-de-bico ainda é baixa não atendendo a demanda interna e, dessa forma, necessitando de importação, oriunda principalmente do México e da Argentina. Em 2019, o Brasil importou 7,2 mil toneladas de grão-de-bico.
No entanto, o país tem registrado um aumento gradual da produção nacional e espera-se que a área com grão-de-bico se torne cada vez mais expressiva no país, principalmente, no bioma cerrado.
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