SOBRE PULSES

O que são pulses

Pulses é o nome dado às sementes secas de leguminosas utilizadas na alimentação. No Brasil, os pulses são representadas principalmente pelos feijões, grão-de-bico, lentilha e ervilha. Segundo definição da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) não são consideradas pulses as leguminosas utilizadas para extração de óleo, como a soja, ou mesmo as vagens colhidas imaturas para a alimentação.

Pulses e a segurança alimentar

Pulses são excelentes fontes de micronutrientes. Além de serem considerados importantes fontes de proteínas, os grãos chamados de pulses também são ricos em fibras, vitaminas e minerais. Apresentam baixos níveis de gordura e não contém colesterol. Diante da sua importância para alimentação, a FAO tem considerado os pulses como alimentos relevantes para o combate da fome no mundo e estimulado o seu consumo. Assim, para reafirmar o papel desses alimentos e ampliar a consciência pública sobre seus benefícios, a ONU designou o dia 10 de fevereiro como sendo o Dia Mundial dos Pulses.

Relevância Econômica e Sustentabilidade dos Pulses no Brasil

Os cultivos de pulses são considerados naturalmente sustentáveis. Eles são conhecidos pelas suas relações simbióticas com microrganismos do solo e, consequente, alta capacidade de fixação biológica de nitrogênio. Além disso, a matéria orgânica oriunda dos cultivos é considerada de alta qualidade e boa retenção de água no solo. Essas duas características, além de permitir a construção de sistemas de rotação de cultivos de alta eficiência, garantem uma menor utilização de fertilizantes nitrogenados e diminui a exigência hídrica dos cultivos, respectivamente.

Devido à grande diversidade de espécies e padrões de consumo, os pulses possuem características regionais de cultivos bem definidas. O entendimento dessas características, no mercado nacional e internacional, é o primeiro passo para os produtores que pretendem iniciar o cultivo dessas espécies. Em terras brasileiras, o feijão (Phaseolus vulgaris L.), por meio das suas diferentes cultivares, se destaca como a espécie mais cultivada e é alimento básico da dieta do brasileiro. 

No Brasil são realizadas, nas diferentes regiões produtoras, três safras de feijão. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima-se, para a safra 2019/2020, uma produção de 3,2 milhões de toneladas de feijão. Apesar de ocorrer à produção expressiva em todas as Unidades da Federação, os estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Bahia e Goiás se destacam como os maiores produtores do país. Estima-se para 2020 um Valor Bruto da Produção (VBP) de feijão de R$13,3 bilhões.

No entanto, com foco na diversificação da produção e principalmente na busca pelo acesso a novos mercados, o Brasil tem ampliado a produção de outros pulses. 



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