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27 de abril de 2016
Do Maranhão para o mundo: a rota da exportação do boi em pé
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POR CNA

Após sucessivos esforços e negociações entre todos os parceiros institucionais, secretarias de estado e órgãos vinculados ao segmento agropecuário do Maranhão, viabilizou-se a real possibilidade de exportação do gado bovino maranhense, assim como, de outros estados brasileiros, pelo Porto do Itaqui. A Federação da Agricultura do Estado do Maranhão - FAEMA realizou inúmeras reuniões com seus representantes, principalmente os Sindicatos Rurais, esclarecendo para todos os criadores e empresários rurais maranhenses sobre a oportunidade, junto aos blocos internacionais comerciais, da venda direta de seus animais a empresas exportadoras, como a AgroExport, recém instalada e registrada no Maranhão, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e cadastrada na Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged).

A primeira operação de embarque de bois em pé, pelo Porto do Itaqui, ocorreu no dia22 de novembro de 2015, com uma carga de cinco mil bois vivos, destinada à Venezuela. Esse feito, no entanto, só se tornou possível graças à atuação da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged) que, com trabalho firme e decisivo em prol da defesa e inspeção agropecuária, proporcionou ao estado do Maranhão, o reconhecido internacional pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em maio de 2014, na reunião com 178 países integrantes, em Paris, na França, declararam erradicada a febre aftosa os estados de Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e na região norte do Pará, com status sanitário de “Livre da Febre Aftosa com Vacinação”, requisito imprescindível para exportação de animais em pé.

Ainda como consequência dos avanços do estado do Maranhão, em abril deste ano, foi registrado o primeiro Estabelecimento Pré-Embarque (EPE) habilitado para exportação, localizado no município de Matões do Norte, na Fazenda Carrancudo, registrado no Departamento de Saúde Animal do MAPA/DF, sob nº EPE/001/MA.

O primeiro embarque de gado vivo genuinamente maranhense, de 1.269 animais bovinos, ocorreu no dia 14 de abril de 2016, embarcados rumo ao Líbano. Este marco veio confirmar a criação de um novo e importante segmento pecuário (nicho) de mercado internacional, para que nossos pecuaristas possam produzir e comercializar seus animais. Convém ressaltar também, que houve negociação direta dos criadores maranhense com a empresa exportadora, eliminando, dessa forma, a figura do atravessador e proporcionando melhores e atraentes preços aos empresários do agronegócio do estado.

Ademais, é notório que a exportação de gado vivo gera empregos para os fornecedores e agentes de gado, exportadores e importadores, empresas de navegação, operadores de transporte e estivadores. Também beneficia os criadores e pecuaristas, trabalhadores rurais, operadores de pastagem e forragem, fornecedores de produtos veterinários, vendedores, operadores portuários e, sobretudo, coloca o Maranhão definitivamente na rota do agronegócio internacional.

Parabéns ao Governo do Estado do Maranhão, e as instituições envolvidas, que tornaram realidade esse momento, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), a Secretaria de Indústria e Comércio (Seinc), a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima), a Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), aos Sindicatos Rurais, a Federação da Agricultura do Estado do Maranhão - FAEMA, aos criadores maranhenses e a todos os servidores que colaboraram para que essa operação se tornasse um sucesso.

Como coordenador de defesa animal, posso garantir que o objetivo da Aged é buscar a excelência nos serviços de defesa e inspeção agropecuária, para melhor atender as necessidades da sociedade. Reafirmo o nosso compromisso institucional; cuja missão é proporcionar a saúde dos vegetais, a sanidade dos rebanhos e a oferta de produtos e subprodutos seguros, seja de origem animal ou vegetal, assegurando a qualidade de vida e a preservação do meio ambiente. Dessa forma, também contribuímos na geração de emprego e renda no campo, impulsionando o setor agropecuário de forma significativa para o desenvolvimento do Estado.
 
 *Aymoré Fernandes é Médico Veterinário, Especialista em Defesa Sanitária Animal, Coordenador de Defesa Animal  da Aged e Instrutor de bovinocultura de corte do SENAR-MA.

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