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Rabobank avalia que momento é bom para compra do adubo
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22 de março 2017
Por CNA

Por: Revista Globo Rural

Uma análise sobre o mercado de fertilizantes elaborada pelo analista do Rabobank Brasil, Victor Ikeda, conclui que apesar da alta recente nos preços do insumo, o momento ainda pode ser interessante para adquirir os fertilizantes para a próxima safra, “desde que o produtor adote uma estratégia de vender sua produção no mercado futuro e travar seus custos com adubação levando em conta a commodity que produz”.

Segundo Ikeda, considerando os valores dos fertilizantes nos atuais níveis e as cotações da soja na Bolsa de Chicago, verifica-se que as relações de troca estão em patamares muito próximos aos verificados nesse mesmo período do ano passado. No comparativo com a média histórica dos últimos cinco anos, a o poder de compra do produtor de soja em relação ao adubo está entre 15% a 20% melhor.

Ele observa que a melhora no poder de compra resulta em menores custos de produção ao produtor em termos relativos de soja. Ikeda calcula que, nos atuais patamares de preços dos fertilizantes, se produtor travar o preço da soja utilizando os contratos futuros de março em Chicago, o gasto com adubação seria de 9,2 sacas por hectare em Sorriso (MT), ante as 9,7 sacas da mesma época do ano passado e as 11,2 sacas da média entre 2010 e 2014.

O analista lembra que para aproveitar as relações de troca favoráveis, o produtor precisa estar atento a alguns detalhes no momento de negociar seus fertilizantes, para otimizar seus resultados. Ele destaca que para o custo da adubação (relação de troca) ser efetivamente menor, o produtor rural precisa alinhar a estratégia de compra com a venda da produção, utilizando ferramentas de mercado futuro.

Ele diz que o uso de ferramentas financeiras (hedge) no travamento de preço da commodity agrícola pode ser uma alternativa interessante para não comprometer a entrega do produto físico ao final da safra. Outro ponto é ter atenção aos pacotes oferecidos nas operações de troca do insumo pela soja, principalmente no que diz respeito a taxa de juros e o valor de venda fixado, “que podem não ser tão interessantes ao produtor”.

Ikeda salienta que o produtor também precisa ficar atento ao “casamento de moedas”. Isto é, comprar o fertilizante em dólar o ideal é vender a produção também na moeda americana para não ser surpreendido pelos efeitos da volatilidade cambial. Ele observa que o “casamento de moedas” deve ser feito não apenas considerando as vendas futuras da produção, mas a receita que o produtor pretende usar para pagar os fertilizantes, que geralmente tem um prazo mais curto de pagamento.

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