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Projeto Campo Futuro gera informações sobre o mercado de arroz em Santa Catarina
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30 de setembro 2016
Por CNA

Tubarão / Santa Catarina (30/09/2016) - Com o objetivo de aliar a capacitação do produtor rural à geração de informação para a administração de riscos de preços, de custos e de produção na propriedade rural, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC), órgão vinculado à Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (FAESC), desenvolve na esfera estadual o projeto Campo Futuro. A iniciativa é promovida nacionalmente pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Nessa semana, ocorreu o Campo Futuro com foco na produção de arroz, na Copagro, em Tubarão.

Os trabalhos foram executados pelos pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Luiz Henrique de Almeida e Fernando Perez Capello e acompanhados pela supervisora do SENAR/SC na região sul, Sueli Silveira Rosa. A iniciativa contou com a participação de produtores de arroz de municípios da região. Também participaram desse esforço institucional a Embrapa, a Epagri e os Sindicatos Rurais, bem como as cooperativas.

O rizicultor Rogério Pessi, presidente do Sindicato Rural de Araranguá, avaliou positivamente o projeto. Segundo ele, a iniciativa é de suma importância para o levantamento do custo de produção de arroz, colaborando de forma real para a situação vivenciada na atividade. “Na condição de presidente do Sindicato pude aprofundar meus conhecimentos. Isso favorecerá em argumentos consistentes para a defesa da classe quando assim for questionado”, pontuou.

De acordo com o produtor Rui Geraldinho, outro aspecto importante do painel foi a participação dos municípios da região, favorecendo a integração e a troca de experiências entre os produtores do setor. “A vida do rizicultor vem sendo alterada, até 2017 teremos problemas na cadeia produtiva e o painel nos possibilitou discutirmos a produção de arroz no Estado com foco em ações para garantir um melhor resultado”, avaliou Geraldinho. Também participaram da iniciativa e concordam com a metodologia o presidente do Sindicato Rural de Turvo, Donato Favarin e o presidente do Sindicato Rural de Tubarão, José Antônio De Pieri.

O presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo, ressaltou que a geração de informações é desenvolvida pela CNA e consiste na elaboração de indicadores de conjuntura e de desempenho do arroz. “Esses indicadores têm como base os levantamentos de dados - chamados de painéis - realizados nos municípios representativos na produção agropecuária. Depois, é feito o acompanhamento mensal dos preços dos insumos e dos custos de produção nessas localidades”.

Os produtores rurais aprendem, de forma prática, a elaborar o orçamento e o custo de produção da sua propriedade, além de utilizar instrumentos para o gerenciamento de riscos de preços, como derivativos agropecuários ou de produção e o seguro rural. “O Campo Futuro disponibiliza informações estratégicas para facilitar a tomada de decisões do produtor rural, mediante o acesso a um completo banco de dados do setor agropecuário, com a evolução sistemática dos custos de produção e da rentabilidade das principais atividades agrícolas e pecuárias e da publicação Ativos do Campo”, complementou Pedrozo.

A geração de informações compreende quatro ações: realização de painéis com instrumentos metodológicos para identificar os sistemas e coeficientes de produção de cada atividade rural em uma região específica; desenvolvimento de indicadores com informações de custo de produção e rentabilidade das culturas agrícolas e da pecuária nos estados; criação de um sistema de informação e consolidação das informações geradas pelo projeto de forma acessível ao produtor rural e ao público em geral; divulgação de publicações a partir de análises e relatórios setoriais de desempenho da agropecuária brasileira.

A metodologia dos painéis consiste na definição da propriedade típica de produção em cada região de estudo. A propriedade típica se refere à realidade mais comum da região e de um determinado produto considerado no estudo. Um grupo formado por técnicos e produtores conhecedores da realidade local se reúne para construir um sistema de produção mediante um debate aberto. “Juntos, eles montam uma planilha de custos de insumos e receita da faixa mais representativa da produção naquele município”, finalizou o superintendente do SENAR/SC, Gilmar Antônio Zanluchi.

Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina - FAESC
http://www.faesc.com.br/

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