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Projeto Campo Futuro analisa custos do café arábica e da cana-de-açúcar
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Coleta de dados aconteceu em Franca (SP), Guaxupé (MG) e João Pessoa (PB)

21 de maio 2019
Por CNA

Brasília (21/05/2019) – Produtores rurais, pesquisadores e técnicos participaram na terça (21) do levantamento dos custos de produção do café arábica, em Franca (SP) e Guaxupé (MG) e da cana-de-açúcar, em João Pessoa (PB).

O Projeto Campo Futuro é uma iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com universidades e centros de pesquisa.

De acordo com o técnico do Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA), Matheus Mangia, os resultados prévios da coleta de dados do café em Franca apontam aumento das despesas com corretivos, fertilizantes e mão de obra em relação ao painel realizado em 2018.

“Houve redução de 4% no Custo Operacional Efetivo (COE) por saca. Os produtores informaram o uso da safra zero em 40% da propriedade modal. Com maiores valores das depreciações e pró-labore, o Custo Operacional Total superou em 5% o do ano passado”, disse.

Matheus explicou que o aumento de custo, aliado a redução no preço de venda (20%) em relação ao levantamento anterior, resultou em uma margem bruta positiva em R$ 0,12 por saca. Já a margem líquida mostrou um resultado negativo de R$ 97,92 por saca.

O produtor de café José Henrique Mendonça participou do painel e afirmou que foi uma oportunidade de conhecer os custos de produção da região e a forma de trabalho de cada cafeicultor. “Nós trabalhamos na safra zero para aprimorar os meios de cultivo e diminuir o custo de produção por unidade de área”.

Painel de café em Guaxupé (MG)

Já em Guaxupé (MG), os dados prévios apontam uma redução de 13% na receita em relação ao painel realizado no ano passado. O cenário atual é composto por produtores que reduziram o pacote tecnológico na condução da lavoura e com isso os custos por hectare com fertilizantes não apresentaram aumento. O Custo Operacional Efetivo (COE) foi 2% menor em comparação a 2018.

O produtor Mario Guilherme Ribeiro Valle disse que a atividade na região passa por um momento de dificuldade, com margens negativas, mas os cafeicultores continuarão na luta para obter um resultado positivo. “Agradeço todos que colaboram a favor da classe rural”.

Cana-de-açúcar – A CNA e o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege) também visitaram produtores de João Pessoa (PB) para levantar os custos de produção da cana-de-açúcar.

Aumento dos custos com insumos e queda acentuada na produtividade em função da falta de chuvas foram alguns pontos informados pelos produtores durante o painel.

O produtor de cana Pedro Campos Neto destacou a importância da planilha de custos para auxiliar o produtor a mensurar os gastos da produção. “A planilha é bem simples e completa e nos mostra o real custo de produção da atividade”.

Painel de cana em João Pessoa (PB)

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