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Instituto CNA debate Projeto Forrageiras para o Semiárido
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Transmissão ao vivo foi a primeira de uma série de lives sobre a iniciativa

14 de julho 2020
Por Instituto CNA

Brasília (14/07/2020) – O Instituto CNA, em parceria com a Embrapa, promoveu a primeira live de uma série de três que serão realizadas sobre o Projeto Forrageiras para o Semiárido. A transmissão ao vivo pelas redes sociais aconteceu na segunda (13) e teve como tema “Gramíneas perenes: novos paradigmas para a produção de forragens no semiárido”.

O encontro contou com a participação da assessora técnica Instituto CNA, Ana Carolina Mera; da pesquisadora da Embrapa, Ana Clara Cavalcante; e dos técnicos responsáveis pelas Unidades de Referência Tecnológica (URTs) do Projeto Forrageiras de Itapetinga (BA), Carlos Alberto de Oliveira Filho, e de Ipirá (BA), Marly Rosa.

Ana Carolina Mera destacou que o projeto é uma parceria de pesquisa inédita entre o Sistema CNA/Senar e a Embrapa para avaliar o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas do semiárido e, dessa forma, fortalecer a pecuária na região.

“Existe esse estigma de que o semiárido é improdutivo. Para ele ser produtivo, precisa ser tratado. Não existe um capim milagroso que se desenvolva e sobreviva com precipitações inferiores a 300 milímetros e ainda sirva como única fonte alimentar para o rebanho. A pastagem precisa ser tratada como cultura, ser adubada e bem manejada”, disse ela.

A pesquisadora da Embrapa fez uma apresentação sobre as experiências que vêm sendo realizadas com algumas forrageiras dentro do projeto. Segundo ela, existem dois desafios: garantir a oferta de forragem o ano todo e mudar o modelo gerencial das propriedades.

Ana Clara Cavalcante também ressaltou a importância de estratégias integradas para promover a inovação nos sistemas pecuários. Para a pesquisadora da Embrapa, a mudança de paradigma envolve a definição de um “cardápio de forrageiras” e o uso de ferramentas de gestão para o planejamento alimentar dos rebanhos, como o aplicativo Orçamento Forrageiro.

“Temos que estabelecer o ponto de virada, ou seja, aquela condição que a gente vai mudar um pensamento derrotista, de que aqui não se produz nada, para outro que mostra que temos como produzir nessas condições de aridez em regime de sequeiro”, afirmou.

URTs – Durante o encontro foram apresentadas as experiências do Projeto nas URTs de Ipirá e Itapetinga, ambas na Bahia. Marly Rosa descreveu os resultados obtidos com as gramíneas perenes Massai, Buffel Aridus e Tifton 85, que, apesar do baixo nível de precipitações da região, conseguiram bons índices de produtividade, recuperação e resistência a pragas.

“Temos uma produção de gado de leite interessante aqui e isso vai nos permitir dar opções forrageiras para o produtor rural conforme a necessidade dele. O objetivo principal é alternativa alimentar para a produção animal”.

Na URT de Itapetinga, os destaques foram as variedades BRS Piatã, Massai e Buffel Aridus. Segundo Carlos Alberto, elas apresentaram vantagens em pontos como produção, tolerância a seca e intervalo de corte.

“É importante que o produtor não plante apenas uma forrageira, mas diversifique as plantas na sua propriedade. A nossa ideia é reduzir as possibilidades e mostrar quais são os materiais mais interessantes para cada produtor”, declarou.

No final da transmissão foi lançado o primeiro vídeo técnico sobre os resultados e particularidades das URTs do Projeto. Durante a semana serão divulgados mais vídeos de outras Unidades nas redes sociais do Sistema CNA/Senar.

A próxima live sobre o Projeto Forrageiras para o Semiárido acontecerá no dia 20 de julho, às 18h, com o tema “Como as gramíneas anuais podem contribuir para a pecuária brasileira”.

Confira o primeiro vídeo da série sobre as URTs:

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