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Minas Gerais

Curso de Bubalinocultura é novidade do Senar Minas
DESTAQUE Bubalinocultura

7 de novembro 2022

Por: SENAR MINAS

A criação de búfalos tem chamado a atenção de produtores rurais mineiros, atraídos pelas vantagens dos derivados do leite do animal. Comparado ao leite de vaca, o leite de búfala possui benefícios que caíram no gosto dos consumidores. Justamente para ensinar como criar estes animais com condições ideais para crescer e produzir, o Sistema Faemg Senar criou o curso de Bubalinocultura, cujo piloto foi realizado em Campo Belo.

As aulas foram ministradas no Laticínio Marajó de Minas, na Fazenda Tecelão, para dez participantes. O treinamento contou com a parceria do Sindicato dos Produtores Rurais de Campo Belo e o instrutor foi o zootecnista Raul Ribeiro Silveira. O objetivo é ensinar atividades rotineiras da bubalinocultura leiteira.

A programação foi baseada nas principais atividades ligadas ao assunto, no manejo correto do rebanho e nos cuidados necessários com o meio ambiente, produzindo sempre com sustentabilidade.

“O curso aborda os cuidados com recém-nascidos, contenção animal, escrituração zootécnica, administração de medicamentos, manejo de ordenha, dentre outros temas, sempre com a higienização dos equipamentos e utensílios, garantindo a segurança para o trabalhador e o conforto e bem-estar do animal”, detalha Raul.

Demanda crescente

O Brasil é líder na pecuária bubalina no Ocidente. Em relação ao leite de vaca, o leite de búfala possui valores superiores de proteínas, cálcio, ferro, fósforo e vitamina A. Além disso, é um leite tipo A2A2, portanto, de mais fácil digestão. A gerente de Formação Profissional Rural e Promoção Social do Sistema Faemg Senar, a zootecnista Liziana Rodrigues, explica que, apesar de ser uma cultura muito semelhante a dos bovinos, a bubalinocultura possui particularidades importantes que precisam ser observadas.

“Essa criação vem expandindo em Minas Gerais inclusive com alguns laticínios e produtos diferenciados. Houve a necessidade do curso para que pudéssemos atender esses produtores que estão investindo nessa cultura e, dessa forma, impulsionar a informação correta, o treinamento correto, e a qualidade dos produtos que chegam ao consumidor”, contou. A gerente ainda adiantou que outros treinamentos voltados à bubalinocultura estão sendo elaborados e serão lançados em breve.

Aprovação

O casal de vendedores de leite de búfala Fernanda Dias Martins e Paulo Rogério Souza Correa fez o curso. De acordo com Fernanda, o conteúdo foi bastante interessante e útil para eles. “Aprendi muito sobre o manejo com os animais, as principais doenças e medicamentos. Quero aprender cada vez mais sobre o assunto”.

Para a presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Campo Belo, Denise Garcia, o local escolhido para o curso é estratégico para o aprendizado. “A fazenda é um empreendimento de sucesso que possui tudo de primeira linha, tanto em instalações, rebanhos e produtos. Acredito que esse treinamento é fundamental para quem pensa em entrar na atividade, seja para empreender, ampliar os negócios ou agregar valor aos queijos”, diz.

O gerente do Sistema Faemg Senar em Varginha, Caio Oliveira, disse que a estrutura do Laticínio Marajó de Minas e a história do empreendimento são um incentivo a outros produtores. “É bastante interessante ver casos de sucesso como o do proprietário Cristiano Martins Fraga e o de sua equipe. Que a realização do curso em ambientes como estes possa inspirar empreendedores a não desistirem de seus sonhos e mais pessoas a investirem na produção bubalina e seus derivados”.

Parceria que transforma

O empresário Cristiano Fraga, proprietário do Laticínio Marajó de Minas, poder levar conhecimento sobre bubalinocultura por meio do curso do Sistema Faemg Senar não tem preço. “Ninguém nasce sabendo tudo. Aprendemos a cada dia e o conhecimento transforma”, disse.

O projeto inicial era apenas vender o leite para um grande laticínio, mas a pandemia acabou mudando os rumos da ideia. “Compramos as primeiras búfalas e, quando começamos a tirar o leite, veio a pandemia. Sem conseguir vender o leite, começamos a fazer queijo, mas ficou de péssima qualidade. Pensei em desistir, mas soube do curso de Derivados de Leite de Búfala do Senar. Abri as portas da fazenda para o treinamento e, depois de uma semana, um novo negócio surgiu. Começamos a produzir com excelência e conquistamos o gosto dos nossos clientes”, contou Cristiano.

Hoje, a história do laticínio é só orgulho para Cristiano e sua equipe. “Atendemos a grandes restaurantes, hotéis resorts e empórios. São mais de 150 clientes em todo Brasil. Todo sucesso é graças ao empenho de todos os nossos colaboradores e ao Sistema Faemg Senar. Tenho orgulho em dizer que somos fruto do Senar”, concluiu.