CNA participa do 62º encontro ruralista em Belém
Evento da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará acontece nos dias 3 e 4
Brasília (04/12/2024) – A CNA participou, na terça (3), do 62º Encontro Ruralista promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), em Belém.
Pela manhã, o presidente da Comissão Nacional de Assuntos Fundiários da Confederação, Marcelo Bertoni, palestrou sobre os trabalhados da comissão e a atuação da CNA nas questões fundiárias.
"A CNA e as federações têm trabalhado muito para resolver todos os conflitos fundiários no Brasil. No meu estado, Mato Grosso do Sul, por exemplo, temos conflitos com indígenas, mas sabemos que em todo o país tem vários tipos de questões, por isso temos trabalhado para resolver pontualmente cada situação”, disse.
Bertoni afirmou ainda que a CNA está acompanhando as audiências da Comissão de Conciliação do Supremo Tribunal Federal que trata da demarcação de terras indígenas e o Projeto de Lei 4497/2024, do deputado Tião Medeiros (PP/PR), sobre a ratificação dos registros imobiliários de terras públicas em faixas de fronteira.
“O produtor tem que ficar atento quando nós, as federações, os sindicatos e a CNA procurá-los pedindo ajuda porque quando for para votar o PL precisamos que o produtor reforce com seu parlamentar para que vote com a gente para que consigamos ao menos estender o prazo dessa ratificação de fronteira que é um problema para todos nós.”
Panorama político – À tarde, a diretora de Relações Institucionais da CNA, Mírian Vaz, falou sobre o cenário político no pós-eleições municipais, destacando que os representantes do setor produtivo corresponderam a 9,71% dos eleitos. "O desempenho do agro foi bom nas eleições municipais. Os agricultores se destacaram como a terceira maior ocupação entre os prefeitos eleitos no país."
Mírian reforçou a necessidade das federações e os sindicatos rurais conhecerem esses eleitos, estudarem seus perfis e fazerem contato para discutir a pauta de interesse do setor, além de fortalecer a representatividade do agro.
"Temos que trabalhar junto com os representantes dos estados para fortalecer a base, dialogar com eles dando subsídios para termos uma comunicação única e convergente do setor. Precisamos fortalecer as relações institucionais das federações e ter esse olhar político e estratégico alinhado à pauta técnica do agro. Temos que criar alianças porque sozinhos a gente não avança”, concluiu.
Na quarta (4), a CNA segue na programação do encontro em Belém para discutir temas ambientais, desafios tecnológicos para o agro e posicionamento da CNA para a COP30.