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CNA levanta custos de produção em São Paulo e Goiás
Painéis do Projeto Campo Futuro foram para bovinocultura de corte, cana-de-açúcar e pimentão
Brasília (26/05/2023) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, nesta semana, uma série de encontros para levantar os custos de produção de bovinocultura de corte, cana-de-açúcar e pimentão em Goiás e São Paulo, dentro do Projeto Campo Futuro.
Os encontros ocorreram tanto de forma presencial quanto híbrida, com a participação do Cepea (Esalq), Pecege, federações de agricultura e pecuária, sindicatos rurais e produtores rurais.
Bovinocultura de corte - Os painéis aconteceram de forma presencial em Goiás. Na segunda (22), o levantamento aconteceu em Jataí, onde a referência utilizada foi o sistema de cria (bezerros). Na terça (23), em Jussara, o painel foi feito também para a cria.
Na quarta (24), foi a vez de Nova Crixás receber o levantamento, onde os modelos utilizados para reunir informações foram a recria e a terminação de bovinos. Em São Miguel do Araguaia, o levantamento foi voltado para o sistema de cria, na quinta (25). Encerrando a semana, na sexta (26), houve painel em Porangatu, também para a cria (produção de bezerros).
“Os levantamentos apontaram margens apertadas para as atividades, considerando a queda no preço de venda dos animais e custos de produção ainda em patamares elevados”, explicou o assessor técnico Rafael Lima Filho, que acompanhou os levantamentos.
Cana-de-açúcar – De segunda (22) a quinta (25), os painéis foram feitos em São Paulo, nos municípios de Penápolis, Bebedouro, Pirassununga e Barretos. Em Penápolis, foi usada como referência uma propriedade modal de 150 hectares, com plantio 100% manual e produtividade de cerca de 75 toneladas por hectare. Os produtores da região têm feito uso de insumos biológicos.
Em Bebedouro, onde a maioria das propriedades também são de aproximadamente 150 hectares, a produtividade média é de 80 t/ha e os produtores têm utilizado produtos biológicos há pelo menos 3 anos.
Já em Pirassununga, a propriedade modal é menor, com 50 hectares, e produtividade de 75 t/ha. O plantio nesse sistema produtivo também é totalmente manual. Produtores dessa região tem utilizado cama de frango como forma de suplementação da adubação.
Por fim, em Barretos, representada por uma propriedade de 100 hectares, a produtividade cresceu na atual safra, alcançando, em média, 80 t/ha. Os bioinsumos também são bastante utilizados pelos produtores, que estão muito satisfeitos com os resultados, inclusive realizando a produção on farm.
“De modo geral, com exceção de Bebedouro, onde o primeiro painel de cana foi realizado nesse ano, os custos de produção nas outras regiões caíram em relação aos últimos levantamentos, de modo que as margens dos produtores melhoraram”, destacou a assessora técnica Eduarda Lee.
Pimentão – Na terça (23), foi feito um painel com produtores do município de Piraju (SP). Para a região, foi usada uma propriedade modal de pimentão com produção média de quatro estufas de mil metros quadrados.
A produtividade média atingida na região é de 550 caixas/estufa, aproximadamente 5,5 quilogramas/planta. No painel, foi relatada grande variação quanto à duração do ciclo de cultivo, em função da pressão de pragas e doenças.
“A atividade na região é composta predominantemente pela agricultura familiar, não sendo necessária a contratação de mão-de-obra fixa. Conforme o modal da região, os insumos representam a maior participação nos custos da atividade”, disse a assessora técnica da CNA Letícia Fonseca.
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