ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

Presidente da CNA diz que prever cenários e tendências é crucial para garantir sustentabilidade e rentabilidade
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João Martins participou da abertura do evento “Benchmark Agro”, na terça (5)

5 de novembro 2024
Por CNA

Brasília (05/11/2024) – O presidente da CNA, João Martins, afirmou na abertura do evento “Benchmark Agro” - Custos Agropecuários 2024/2025, na terça (5), que, no mundo dinâmico e competitivo do agro, prever cenários e tendências é crucial para garantir a sustentabilidade e a rentabilidade a longo prazo.

Realizado na sede da Confederação, o evento reuniu especialistas, presidentes de federações estaduais de agricultura, diretores, produtores, entidades e pesquisadores do setor para debater os custos da produção agropecuária no país e as perspectivas para 2025.

O Benchmark Agro é a etapa final do Circuito de Resultados do Projeto Campo Futuro 2024. Neste ano, a iniciativa realizou 154 painéis em 125 municípios, distribuídos por 20 estados, para levantar os custos de produção de mais de 40 atividades agrícolas e pecuárias. Participaram 1.500 produtores e produtoras de todo o país.

Em vídeo enviado para a abertura do evento, o presidente da CNA afirmou que a iniciativa representa o permanente compromisso da entidade com o futuro do agro brasileiro e também a responsabilidade da Confederação em oferecer previsibilidade aos produtores rurais, um fator essencial ao sucesso no campo.

“Esses números mostram o nosso empenho em compreender profundamente as realidades e os desafios de quem trabalha para alimentar o Brasil e o mundo”.

Durante sua fala, João Martins destacou que os desafios climáticos que impactaram a produtividade da safra de grãos 2023/2024, associados ao cenário de preços baixos, levaram à redução de mais de 30% da margem dos agricultores nas principais regiões produtoras. “Nossas expectativas são mais otimistas quanto ao aumento da produtividade e melhoria na rentabilidade da atividade”, informou.

Já no mercado pecuário, segundo Martins, “estamos vivenciando um cenário de 17 meses com abates de fêmeas acima da média histórica, influenciado pela desvalorização acentuada dos preços do bezerro e da arroba do boi gordo, que perdurou até junho deste ano”.

Entretanto, o mercado sinaliza recuperação do preço da arroba do boi gordo, superando R$ 293 na média Brasil. “Tal comportamento reflete o momento de transição de fases do ciclo pecuário que, atrelado à demanda aquecida tanto no mercado interno quanto externo, deve manter os preços firmes a médio prazo”, ressaltou.

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Para o presidente da Confederação, depois de o país enfrentar grandes desafios, impostos principalmente pelas condições climáticas adversas e custos de produção elevados, “começamos a enxergar” um novo horizonte.

“A demanda mundial por alimentos continuará em crescimento. O Brasil deverá seguir ampliando a sua participação no mercado global, expandindo suas exportações e alcançando novos mercados”.

João Martins enfatizou que com o projeto Campo Futuro, em parceria com federações, sindicatos rurais, universidades e centros de pesquisa, a CNA oferece muito mais do que dados.

“Fornecemos análises detalhadas de custos e, o mais importante, perspectivas de mercado. As informações geradas são ferramentas fundamentais, que permitem aos nossos produtores enxergar além do presente e planejar com confiança o futuro de suas atividades”, afirmou.

Martins concluiu que, ao promover a etapa final do Circuito de Resultados do Projeto Campo Futuro, a entidade reafirma o “compromisso com o desenvolvimento contínuo do agro, sempre com foco na valorização do produtor rural e na construção de um setor mais preparado para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do futuro”.

Depois da abertura, os painéis previstos debaterão os seguintes temas: “Análise do agro brasileiro frente aos seus principais concorrentes”, Custos e Eficiência econômica na Produção de grãos”; “Pecuária de Leite - Um olhar sobre as propriedades mais rentáveis e eficientes no Brasil”; e “Pecuária de Corte - Análise de desempenho econômico e sustentabilidade nos sistemas produtivos”.

Veja o discurso do presidente da CNA na íntegra: