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CNA e produtores debatem gestão de risco de preços
Iniciativa faz parte do Projeto Campo Futuro e envolveu representantes da região Sudeste
Brasília (31/05/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Messem Investimentos promoveu, nos dias 30 e 31 de maio, o encontro online “Proteções financeiras para o produtor rural”, com o objetivo de discutir ferramentas de gestão de risco de preços para soja, milho e pecuária de corte e de leite da região Sudeste.
A iniciativa faz parte do Projeto Campo Futuro, com base no levantamento dos custos de produção de diferentes atividades agropecuárias pelo país. Segundo a coordenadora do Núcleo de Inteligência da CNA, Natalia Fernandes, a ação da entidade busca melhorar a gestão de risco das propriedades rurais.
“O intuito é mostrar ao produtor como fazer o uso de ferramentas de proteção contra oscilações de preços e permitir que ele faça vendas e compras antecipadas com segurança no mercado financeiro. Após os encontros, vamos selecionar alguns produtores para receber uma assessoria individual da Messem Investimentos”, explicou Natalia.
Durante os dois dias, o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues, fez uma apresentação sobre como a gestão de custos de produção ajuda o produtor a se proteger de riscos. Segundo ele, o grande desafio está em administrar bem as atividades ao longo dos ciclos.
“Quando o momento de preço está favorável no campo, o produtor se sente mais seguro em investir em algo que precisa de melhorias. Mas investir errado nos anos bons pode gerar dívidas impagáveis nos anos ruins. Como o mercado é cíclico, isso pode acontecer dependendo da atividade”, disse Thiago.
Para Rodrigues, o ponto fundamental para conhecer o negócio é o controle do custo de produção para ajudar nas decisões. O assessor técnico da CNA também explicou que o produtor rural precisa entender como a atividade está posicionada em relação aos riscos.
“Um modelo de gestão de riscos deve identificar aqueles aos quais a atividade está exposta, reduzindo os eventos negativos e maximizando os positivos e aperfeiçoando constantemente o processo de tomada de decisão”.
Em sua apresentação, o especialista em commodities agrícolas da Messem Investimentos, Pedro Stark, falou sobre ferramentas de hedge e mostrou exemplos práticos de alternativas para o produtor se proteger das oscilações de preços.
“O hedge é uma operação que tem por finalidade proteger um ativo contra uma possível desvalorização ou valorização de seu valor numa data futura. Ele permite ao produtor de milho, soja, boi e café garantir o preço de venda do ativo, dando uma previsão de receita. No caso dos pecuaristas, o hedge permite garantir o preço de compra de insumos para alimentação animal”, disse.
Pedro Stark afirmou que as principais ferramentas de hedge são mercados futuros, a termo e opções, e é importante o produtor entender qual se enquadra melhor no perfil do negócio.
O mercado futuro é um acordo de compra e venda de um ativo para uma data futura a um preço estabelecido entre as partes (em bolsa) na negociação. Stark disse que as quatro commodities com maior liquidez negociadas nesse mercado são: boi gordo (cotado em reais por arroba líquida), milho (cotado em reais por saca de 60kg) e café e soja, cotados em dólar por saca de 60kg.
Já o mercado a termo NDF é um acordo entre duas partes em que compradores e vendedores fixam preços a uma determinada mercadoria, com data pré-determinada para entrega e recebimento futuro. No mercado de opções, o produtor tem o direito de comprar ou vender um ativo ou produto em data futura pagando ou recebendo um prêmio por esse direito.
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