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Campo Futuro analisa custos de produção de seis culturas
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Painéis aconteceram em Pernambuco, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia

22 de julho 2022
Por CNA

Brasília (22/07/2022) - O Projeto Campo Futuro realizou o levantamento de custos de produção de seis culturas nesta semana: cana-de-açúcar, eucalipto, limão, uva, pecuária de corte e grãos. Os eventos foram híbridos e reuniram produtores de Pernambuco, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Bahia.

Além das federações de agricultura estaduais, os levantamentos contaram com o apoio do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) e o Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege).

Cana-de-açúcar

O encontro reuniu produtores de cana e técnicos de forma híbrida, na sede da Associação de Fornecedores de Cana de Pernambuco (ACFC), em Recife, na terça (19). Na safra 2021/2022 da região, com período de colheita de setembro a janeiro, a propriedade modal permaneceu a mesma do ciclo anterior, com 170 hectares e seis cortes por ciclo produtivo. Segundo a assessora técnica da CNA, Eduarda Lee, observou-se leve incremento de produtividade, passando de 53 para 55 t/ha (+3,77%).

No entanto, a qualidade da matéria-prima sofreu retração, passando de 135,23 kg para 125,84 kg de ATR por tonelada de cana (-7,46%). No fechamento dos dados, os custos de formação do canavial, administrativo, tratos de cana soca e colheita foram, respectivamente, de R$ 10.966/ha, R$ 1.102/ha, R$ 2.147/ha e R$ 64/ha. Com isso, o COE e o CT praticados na região são de R$ 164,77/ha e R$ 190,68/ha, seguindo a mesma ordem, com margem de R$ 17,11/ha e lucro de R$ -8,80/ha.

Eucalipto

Na quarta (20), aconteceu o painel de eucalipto de Ortigueira (PR), com a participação de produtores e técnicos. Os custos de produção foram estabelecidos com base em uma propriedade modal de 125 hectares, a mais recorrente na região, com Incremento Médio Anual (Ima) da cultura de 35 m3/ha/ano, dois desbastes aos 6º e 10º anos e colheita no 15º. Conforme Eduarda Lee, em relação à implantação do eucaliptal, que envolve as operações de pré-plantio, plantio e pós-plantio, os custos chegam a R$ 9.471/ha.

Limão e uva

Os painéis para levantamento dos custos de produção do limão acontecerem em Urupês (SP) e Jaíba (MG), na quarta (20). Para a região de Urupês, os moldes de propriedades mais frequentes eram de 10 hectares, com produção média de 1.500 cx/ha, sistema irrigado e comercialização via intermediários, a campo.

“Em ambas as situações, o que se vê é a elevação expressiva nos custos de produção e incremento não proporcional nos preços médios e receita da atividade”, afirmou a assessora técnica da CNA, Danyella Fernandes Bonfim.

No painel de uva, em Marialva (PR), a uma propriedade modal tinha produção em 0,7 hectares, produtividade média de 16 ton/ha, em sistema irrigado e comercialização também via intermediários. O COE registrou aumento de 36% na safra principal e 27% na safra temporã, em relação ao painel de 2017. De acordo com Danyella, a alta é vinculada, principalmente, ao aumento dos preços dos insumos nesse período.

Pecuária de corte

O painel foi realizado em Feira de Santana (BA), na quinta (21). O levantamento de custos de produção foi feito considerando uma propriedade modal de recria/engorda de bovinos com, aproximadamente, 420 hectares de área total e 270 bovinos terminado em um ano. Segundo o assessor técnico da CNA, Rafael Ribeiro de Lima, a compra de animais para a recria e engorda representou 80,1% dos custos operacionais efetivos (COE) nesse sistema.

Grãos

Na reunião realizada em Guarapuava (PR), o milho foi a cultura que sofreu mais com a estiagem, principalmente por ser a primeira a ser plantada no verão. Os produtores colheram, em média, 158 sacas/ha do grão, 53% a menos que no ciclo anterior. Conforme o assessor técnico da CNA, Tiago dos Santos Pereira, os custos com defensivos agrícolas subiram 51%, com aumentos mais significativos para o grupo herbicidas (87%) e inseticidas (76%).

Para a soja, os produtores colheram, em média, 64 sacas/ha da oleaginosa. Os custos com fertilizantes aumentaram 71% no período levantado para a cultura. O trigo e a cevada foram culturas que tiveram bons resultados. Para o período, os agricultores colheram em média 70 sacas por hectare dos cereais.

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