Assistência Técnica do Senar alcança 4 milhões de visitas técnicas
![Selo A Te G 4 Milhoes de VT](https://cnabrasil.org.br/storage/arquivos/imagens/Selo-ATeG-4-Milhoes-de-VT.jpg)
Em dez anos, 334 mil propriedades rurais foram atendidas
Brasília (08/03/2024) – Com um atendimento personalizado, gratuito e metodologia própria, a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) ultrapassou a marca de quatro milhões de visitas técnicas em mais de 334,6 mil propriedades rurais.
Lançada em 2013, a ATeG faz parte de um amplo portfólio do Senar para melhorar a produtividade, a gestão e a renda no campo.
“Os benefícios gerados pela Assistência Técnica e Gerencial não só transformam a vida de produtores, familiares e trabalhadores rurais, mas vão além da propriedade ao impulsionar o desenvolvimento produtivo, econômico e social em todas as regiões do país”, afirmou o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara.
![Daniel Carrara, diretor-geral do Senar.](https://cnabrasil.org.br/storage/arquivos/imagens/26408011288_8975b74f87_c.jpg)
Para realizar os atendimentos, o Senar conta com mais de 6.765 técnicos de campo, profissionais selecionados, treinados e constantemente capacitados em 31 cadeias produtivas.
Os produtores são acompanhados periodicamente pelo técnico de campo durante 24 meses, tempo mínimo necessário para avaliar os resultados da aplicação da metodologia a partir de um diagnóstico produtivo e individualizado.
Casos de sucesso - Dona Ediana Capich, de Novo Horizonte do Oeste, em Rondônia, é um dos milhares exemplos dos impactos que a ATeG pode trazer para o campo. Ela faz parte da terceira geração de uma família produtora de café canéfora e conheceu a assistência técnica e gerencial do Senar quando decidiu investir em cafés especiais.
A produtora explica que passou a ver a propriedade como um negócio após a chegada do Senar e que o atendimento mensal de um técnico de campo fez toda a diferença, desde o plantio até a finalização do produto, com considerável aumento na produção e na qualidade do grão.
Café premiado - O café que a família produz tem marca registrada e a indicação geográfica “Matas de Rondônia”, e recebeu o 1° lugar no prêmio Coffee Of The Year Brasil 2020, na categoria Fermentação Induzida Canéfora Cafés Especiais durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte (MG).
![Dona Ediana na lavoura de café.](https://cnabrasil.org.br/storage/arquivos/imagens/Ediana_r.jpg)
“Nossa técnica de campo tem muito trabalho aqui porque somos aquele tipo de pessoa que está sempre buscando informações, ter mais conhecimento. Esse atendimento é essencial na vida de um produtor. Ela é sem sombra de dúvidas uma bênção porque nos dá um norte, nos orienta a ser mais assertivos no trabalho”, diz.
Queijo - Já para Nilton Lima, produtor da agroindústria em Medeiros Neto, na Bahia, as visitas técnicas à sua propriedade fizeram a diferença na sua produção de laticínios.
Ele, a esposa e os filhos produzem queijo tipo muçarela, doce de leite cremoso e manteiga há 27 anos com o leite da propriedade da família e de produtores vizinhos. A produção é vendida para padarias, lanchonetes, entre outros, no município de Teixeira de Freitas.
“Depois da assistência técnica houve grandes melhorias, fomos nos organizando e nos adaptando às normas adequadas para o recebimento do Sistema de Inspeção Municipal (Sim) consorciado. Tenho uma boa técnica, que sempre está à disposição para nos ajudar”, diz.
![Produtor Nilton Lima com a esposa Nébia.](https://cnabrasil.org.br/storage/arquivos/imagens/WhatsApp-Image-2024-03-05-at-11.10.23.jpeg)
O produtor conta que após a assistência técnica do Senar obteve mais visibilidade, inclusive com a participação em dois concursos em 2023, recebendo a medalha de ouro no Concurso Nordestino do Setor de Leite e Derivados e de bronze no Prêmio Queijo Brasil.
Com o Sim consorciado, o laticínio da família já pode vender para 13 municípios do estado. O próximo passo é ampliar a variedade de produtos e conseguir o selo do Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf), que irá permitir a venda em toda a Bahia.
Cacau - Na cadeia produtiva do cacau, Robson Tomaz Calandrelli viu a produção em pouco mais de um hectare em Nova União (RO) mais que dobrar com o atendimento técnico do Senar. Antes a produção era de 1,5 quilos planta/ano e passou para 3,5 quilos.
Para o produtor, o diferencial da assistência técnica do Senar é ter um profissional capacitado por área de produção no campo, em cada técnico tem um número de produtores que ele vai conseguir fazer o atendimento durante o mês.
![Produtor Robson Tomaz (de chapéu) durante visita técnica na propriedade.](https://cnabrasil.org.br/storage/arquivos/imagens/WhatsApp-Image-2024-03-04-at-17.01.45.jpeg)
“A visita da técnica é de extrema importância, ela dá todas as orientações necessárias para gente poder produzir e manejar a lavoura, desde o plantio até o processo final, que é a produção de um cacau de qualidade”, afirma.
“Não tenho nada a reclamar e só elogiar porque depois que a assistência técnica entrou na minha propriedade os números foram aumentando em algo que eu não imaginava alcançar hoje. Com o conhecimento, ficamos motivados a produzir mais e a melhorar cada vez mais a qualidade desse cacau.”
O cacau de Calandrelli ganhou o 1° Lugar no 5º Concurso Nacional de Cacau Especial - Sustentabilidade e Qualidade em 2023, na categoria Blend com amêndoas de cacau fino.
Cachaça - Para o produtor Gabriel Sousa Cardos, os maiores diferenciais do atendimento da Assistência Técnica do Senar são o gerenciamento e a possibilidade de abertura de mercados para o seu produto. A família é de Viçosa (CE) e desde a década de 50 planta cana. A produção começou com rapadura e, na década de 80, o pai e o avô do produtor abriram uma cachaçaria. A Malandrinha, cachaça produzida por Cardos, recebeu medalha de ouro em 2022 nos concursos de Vinhos e Destilados do Brasil e no Nacional Rabo de Galo.
![Gabriel Cardos com o amigo e incentivador Ernesto Gallo.](https://cnabrasil.org.br/storage/arquivos/imagens/Gabriel_r.jpg)
"Percebemos a qualidade e a responsabilidade técnica que nos permite fazer um controle de produção e de qualidade para a tomada de decisões. A ATeG favoreceu nosso entendimento em todas as fases e tudo isso tem aberto as fronteiras para gente poder alcançar novos clientes e novos consumidores.”
O produtor também participa do projeto Agro.BR da CNA e está se preparando para iniciar as exportações para alguns países da Europa.
Saiba mais sobre a ATeG do Senar, acesse: https://www.cnabrasil.org.br/assistencia-tecnica-e-gerencial
Fotos: Arquivo Pessoal