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Agro.BR promove capacitação sobre exportação de pescados e frutos do mar
Iniciativa traz conteúdo técnico e cases de sucesso para a cadeia produtiva
Brasília (22/07/2021)
– A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) iniciaram, na quarta (21), uma capacitação online para exportação de pescados e frutos do mar.
Com duração de dois dias, a iniciativa faz parte das ações do programa Agro.BR e tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul).
"O setor de pescados é prioritário para o Agro.BR e o Brasil tem um potencial enorme. O pescado é uma das proteínas mais consumidas no mundo e o Brasil precisa aumentar sua participação”, afirmou Camila Sande, coordenadora de Promoção Comercial da CNA na abertura da capacitação.
“Por isso a ideia é dar informações e ferramentas necessárias para que os produtores possam acessar o mercado internacional”, disse.
O gerente de Assistência Técnica e Gerencial do Sistema Famasul, José Pádua, frisou a importância da cadeia produtiva. Segundo ele, o setor “tem muito potencial e é um mercado extremamente interessante, com uma carne que tem um apelo especial”.
Na quarta, o treinamento abordou os requisitos para exportação com o coordenador geral de Programas Especiais do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Lucio Akio Kikuchi.
Ele explicou os caminhos para as empresas se registrarem no Serviço de Inspeção Federal (SIF) e os principais passos para a emissão do certificado sanitário internacional (CSI) para exportar pescados e frutos do mar.
Para se registrar no SIF, a empresa deve contatar a unidade do Mapa mais próxima, preencher os formulários, apresentar os documentos e plantas do estabelecimento e o projeto (que será implantado caso seja aprovado), passar por uma vistoria da equipe responsável no MAPA para depois ter o SIF instalado.
“O processo está digital e tem reduzido o tempo. O tempo médio para análise do projeto pelo MAPA em Brasília é de 12 dias”, disse.
Entre as exigências do Mapa para ter o SIF, está a contratação de um técnico para a elaboração e implantação da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e para desenvolver o programa de autocontrole na empresa.
"O Mapa entendeu que a empresa deve estabelecer seu programa de autocontrole e o órgão fica responsável por fiscalizar se as ações estão sendo feitas corretamente. Isso é uma forma de passar a responsabilidade para quem está à frente do processo."
Lucio Kikuchi citou ainda os três tipos de habilitação que existem para exportação e que não tem custo para os estabelecimentos: automática (com uso de certificado modelo geral), com requisitos específicos (ex. Mercosul e EUA) e por país (ex. União Europeia e China).
“O Mapa criou centrais de certificação onde é possível chegar com a carga e todo o documento que respalda a exportação e o órgão emite o certificado sanitário internacional. Facilitamos ainda mais essa questão. O empresário não precisa mais solicitar de voltar para a empresa, pode fazer isso no meio do caminho para despachar a carga”, ressaltou Kikushi.
Atualmente os principais importadores de pescado e camarão do Brasil são Estados Unidos, China, Equador e Peru. Em 2020, o país exportou aproximadamente 46,8 mil toneladas.
Os participantes da capacitação ainda conheceram a história de sucesso da Camanor, empresa brasileira exportadora de camarões. Marisa Sonehara, diretora de Operações, afirmou que a empresa atua no mercado interno e externo e conquistou esses mercados com uma produção focada em sustentabilidade, rastreabilidade e qualificação da mão-de-obra em toda a cadeia produtiva.
"É necessário ter uma estrutura bem redonda. Nós fizemos alguns ajustes para atender o mercado interno e externo. Entendemos que a responsabilidade de entregar um produto de qualidade não é só do Mapa, por isso nossas ações focam em ter credibilidade em relação ao consumidor final, oferecendo um produto sustentável, sem nenhum aditivo."
Ela argumentou que a Camanor já exportou para os Estados Unidos e principalmente para a Europa, que é o foco da empresa.
“Nosso foco é a Europa porque eles valorizam a cabeça do camarão, porque para nós, o valor agregado do produto é o camarão inteiro. Os EUA são diferentes, eles querem o camarão sem cabeça e valorizam volume e quantidade.”
Marisa disse ainda que, além dos valores que a empresa prima, os prêmios e certificações internacionais também foram e são importantes para ganhar mercado.
“No Brasil não basta só o SIF e o autocontrole, que é o mínimo exigido. A certificação e os selos são o "algo mais" que aumentam a credibilidade do produto e do país. E quando a empresa tem todos os cuidados o mercado se abre”.
Na quinta (22), a capacitação continua com os temas “Aspectos práticos na exportação de pescados”, “Programa Propeixe de Mato Grosso do Sul” e o case de exportação de tilápias da Geneseas.
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