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3 de abril de 2017
Conforto Animal: uma decisão importante para garantir a lucratividade do rebanho
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POR INSTITUTO CNA

O crescimento da população mundial faz aumentar a demanda por alimentos de origem animal e vegetal. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), o Brasil, em cinco anos, será o maior produtor de carne bovina do mundo, superando os Estados Unidos.

O atendimento a essa demanda requer maior escala de produção, sem, no entanto, esquecer da qualidade dos produtos. O grande desafio dessa cadeia produtiva é buscar soluções para se produzir mais em menos tempo. Alguns pontos são essenciais para alcançarmos o objetivo: seleção de raças mais produtivas, sistema de produção adequado, melhorias nutricionais, melhor ambiência, conforto e bem-estar animal.

O Brasil, país de clima tropical, precisa cada vez mais promover o conforto e bem-estar dos animais, pois as raças bovinas especializadas na produção de carne são exigentes em relação ao ambiente que vivem. Oferecer instalações e ambiência adequadas é essencial para o aumento da produtividade.

É de conhecimento irrestrito que os bovinos possuem alta capacidade de manter a temperatura corporal estável, principalmente a raça zebuína, detentora de muitas glândulas sudoríparas que a ajudam a dissipar o calor. Porém, em temperaturas elevadas a perda do calor não ocorre de forma adequada e o animal reage aumentando sua frequência respiratória e elevando, assim, o gasto energético. O desconforto e estresse térmico geram perdas na produção de carne e de leite.

É prudente oferecer aos animais locais com sombras e pontos de água de fácil acesso. Sabemos que esses itens são ainda mais importantes nas regiões dos trópicos no Brasil, onde realmente a temperatura é um grande entrave para o conforto e produção.

As sombras são locais importantes dentro da fazenda. Estudos mostram que a sombra natural é mais eficiente quando comparado a artificial. Bovinos com aptidão de corte e leite passam muitas horas do dia neste espaço, principalmente em momentos de termômetro elevado, quando acontecem alterações fisiológicas nos animais, que influenciam diretamente no crescimento, queda de produção e redução da eficiência reprodutiva.

As fazendas, portanto, devem trabalhar o conforto animal dentro de seus manejos, utilizando sombras naturais ou artificiais, aguadas, corredores, manejos racionais dos animais, instalações bem dimensionadas e limpas, dentre tantas outras situações. Esses são apenas alguns dos pontos imprescindíveis para se evitar perdas de produção em uma cadeia produtiva com acirrada concorrência e margens reduzidas.

*Alexandre Fey é Gerente de marketing da Semex Brasil

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