Minas Gerais
Treinamento prepara equipes para 2ª etapa do FIP
Um treinamento de dois dias para alinhamento das ações de retificação do Cadastro Ambiental Rural - CAR dentro do Projeto FIP Paisagens Rurais reuniu profissionais de entidades parceiras do desenvolvimento do projeto na terça e quarta-feira (14 e 15), em Belo Horizonte. De acordo com o coordenador do Projeto em Minas Gerais, Ricardo Tuller, esse alinhamento entre as instituições é muito importante para garantir o sucesso da implementação em campo, junto aos produtores rurais, da importância da regularização ambiental.
Participaram da capacitação os supervisores de campo do FIP em Minas Gerais Raul Ribeiro, Sebastião de Paula, Cristiano Evangelista e Carlos Roberto Pereira Filho e integrantes da Gerência de Sustentabilidade do Sistema FAEMG, junto com representantes do Instituto Florestal Brasileiro (IEF), Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e Brasplan Meio Ambiente e Energia, ministrante do treinamento. Os participantes vieram também de Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).
De acordo com Tuller, a ação é de suma importância para o produtor rural e vai impactar nos resultados na ponta. “A retificação do CAR irá complementar o trabalho desenvolvido pelo técnico de campo na Assistência Técnica e Gerencial, fomentando a recuperação de pastagens degradadas e passivos ambientais de acordo com a demanda do produtor rural e alinhado ao código florestal”, explicou.
Alinhamento entre os atores
A coordenadora técnica do Projeto FIP Paisagens Rurais pelo SFB, Lilianna Latini, destaca que a reunião realizada em Belo Horizonte é extremamente importante, considerando que o projeto chega agora à sua segunda etapa, a de regularização ambiental. “Esse momento foi de discutir como vamos atuar nos imóveis rurais, como será feita a abordagem ao produtor, como serão retificados esses cadastros, quais são os maiores gargalos que vamos encontrar nos cadastros já existentes na base de dados do SICAR [Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural]”.
“Essa proposta de agenda junto com os produtores rurais e junto com os técnicos do SENAR é fundamental para que, a partir de agora, a gente consiga mostrar aos técnicos de campo a importância da regularização ambiental não só do CAR, mas também do pós-CAR, e, a partir daí, ter um diálogo com o produtor rural”, apontou a coordenadora. Um novo encontro está previsto para 25 de junho em Campina Verde, quando as definições do treinamento em Belo Horizonte serão repassadas aos técnicos de campo do FIP.
Benefícios para o produtor
“O Projeto FIP Paisagens Rurais vem para integrar e agregar as ações do IEF-MG para a implementação da Política de Regularização de Imóveis Rurais no estado de Minas Gerais. Temos a maior base de inscrições do país no SICAR Nacional e todos os esforços em prol do impulsionamento desta política são extremamente importantes para o IEF, de forma que converge com as ações de conservação e ganho de escala na recuperação ambiental na cobertura vegetal do estado, e beneficia o produtor rural com a adequação ambiental do seu imóvel.” – Mariana Megale, bióloga e coordenadora de Cadastro Ambiental Rural no IEF-MG
“Quando se trata do CAR, cada estado apresenta algumas características importantes para levarmos em consideração, que vão desde a vegetação nativa e atividades econômicas desenvolvidas nas propriedades, até o fluxo de análise e validação das informações inseridas no SICAR, por parte do órgão ambiental estadual. Como Minas Gerais representa uma grande parcela dos imóveis atendidos pelo projeto, é importante que todas as instituições estejam alinhadas para que possamos entregar os melhores resultados, de forma ambientalmente correta, como preconiza o código florestal, e cumprindo com o papel social da propriedade rural, viabilizando as atividades econômicas e permitindo assim que o produtor, o maior interessado, possa tirar dali o seu sustento e de sua família.” – Renan Dupont, engenheiro florestal e diretor executivo da Brasplan
FIP Paisagens Rurais
O Projeto Gestão Integrada da Paisagem no Bioma Cerrado – FIP Paisagens Rurais é financiado com recursos do Programa de Investimento Florestal, através do Banco Mundial. A coordenação é do Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação, do MAPA, com parceria da Agência de Cooperação Técnica Alemã (GIZ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e do MCTIC, por meio do Inpe e da Embrapa.