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Representantes do Sistema Faepa e do Governo do Pará participam do Fórum Paulistano de Debates da “COP 30”
Iniciativa promoveu debates sobre mudanças climáticas globais e desenvolvimento econômico e social da população brasileira, em especial a da Amazônia
Por: Paula Catarina de Almeida Costa
Fonte: Ascom Faepa-PA
No dia 15 de julho, a Prefeitura de São Paulo deu início ao “Fórum Paulistano de Debates da 30º Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30)”, que deverá promover debates sobre mudanças climáticas em conjunto ao desenvolvimento econômico e social da população brasileira. A notícia dessa iniciativa foi anunciada em palestra proferida pelo Secretário de Relações Internacionais da Prefeitura Municipal de São Paulo, Aldo Rebelo, por ocasião do 61º Encontro Ruralista do Sistema Faepa/Senar, realizado em junho deste ano, em Belém-PA.
O evento de lançamento do Fórum, realizado n o último dia 16 do corrente mês. teve mesa composta pelo secretário de Relações Internacionais, Aldo Rebelo; secretário do Verde e do Meio Ambiente, Rodrigo Ravena; secretário executivo de Mudanças Climáticas, Renato Nalini; secretário executivo de Relações Institucionais, Enrico Misasi; secretário de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca no Estado do Pará, Giovanni Queiroz, e o Ex-Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
O Fórum objetiva propor norteamentos para as discussões da COP 30, que acontecerá em Belém, em 2025, e promover resultados efetivos para o meio ambiente e a população brasileira. “Nosso Fórum é um espaço de reflexão para a cidade de São Paulo, porque é a nossa maior metrópole. São Paulo tem o desafio, a obrigação, sem pretensão de município líder, mas de liderar e estender suas mãos para a população da Amazônia”, afirmou Rebelo.
O Sistema Faepa/Senar foi representado pela assessora técnica Eliana Zacca, que ressaltou a relevância de envolver agentes públicos e privados na formulação de uma agenda nacional para a COP 30. “É muito importante a criação deste Fórum, que congrega a participação, dentre outras, de diferentes instituições representativas da administração pública, de classes produtivas e de trabalhadores, de Ensino e Pesquisa, de âmbito nacional, regional e local, para construção e apresentação de uma agenda nacional no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que integre a questão ambiental em uma perspectiva de desenvolvimento integral do Brasil e da Amazônia, em particular, região que se distingue pela fantástica riqueza de recursos naturais, minerais e de biosociodiversidade, mas que, contraditoriamente, acumula menores índices de desenvolvimento humano do País”, analisou a assessora.
“A porta de saída do Brasil para o mundo é São Paulo, e a porta de entrada do mundo para o Brasil é São Paulo (...) nossa liderança é natural, então o Fórum Paulistano é nacional porque essa é a vocação da cidade”. O papel dos municípios no combate às mudanças climáticas, com o desenvolvimento sustentável em foco, foi tema destaque: “[O combate] vai se fazer nas cidades. (…) Meio ambiente urbano é fauna, flora e gente. Geração de emprego e renda, atividade produtiva. Quanto mais desenvolvermos, paralelamente, atividades econômicas de sustentabilidade e de promoção de qualidade de vida do cidadão, mais você consegue proteger o meio ambiente. Parece um contrasenso, mas não é. É possível combinar proteção do meio ambiente com o desenvolvimento sustentável”, comenta Ravena.
O Fórum Paulistano considera a realização da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá na Cidade de Belém, Pará, em 2025; e leva em conta, também, o lançamento de duas iniciativas na COP 28: da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC), e da Coalizão para Parcerias Multiníveis de Alta Ambição (CHAMP), que visa fortalecer a cooperação entre governos nacionais, regionais e locais no planejamento, financiamento e implementação de metas climáticas nacionais. “Nós precisamos fazer com que essa COP tenha realmente projetos que possam ser levados a sério e implementados”, afirmou Nalini.
“Nós temos ouvido da ciência universal que já não podemos falar de mudanças climáticas, são emergências climáticas”. Misasi completou: “Já existe um sentimento de solidariedade entre as periferias, os povos da Amazônia e os agricultores do Mato Grosso, por exemplo, e vai liderar a solução da emergência climática quem evidenciar isso o quanto antes”.
O “Fórum Paulistano de Debates da 30º Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30)” ficará instituído na Secretaria Municipal de Relações Internacionais (SMRI), com o dever de promover encontros e iniciativas, implementar gestões coordenadas, e promover relatórios voltados à valorização e proteção do meio ambiente, além do desenvolvimento econômico e social como direito da população brasileira.
“Fico feliz em ver a iniciativa de São Paulo, que nos apoiará para mostrar o que o Pará quer para o mundo”, concluiu Queiroz.