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Receita do produtor de soja de Bagé (RS) é maior que a safra passada
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Projeto Campo Futuro coletou dados da produção de soja, milho, trigo e arroz da região

16 de maio 2019
Por CNA

Brasília (16/05/2019) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) realizaram nesta quinta (16), em Bagé, no Rio Grande do Sul, o painel do Projeto Campo Futuro para levantar os custos de produção da soja, milho e trigo.

Segundo o coordenador de Produção Agrícola da CNA, Alan Malinski, apesar da forte estiagem em meados de janeiro e fevereiro, as produtividades dessa safra ficaram superior à safra passada, que foi seriamente prejudicada pela condição climática.

“A receita do produtor de soja nessa safra aumentou aproximadamente 70% em relação a anterior. O grande diferencial foi o aumento da produtividade que passou de 20 sacas por hectare para 35 sacas por hectare. Em contrapartida, os preços de venda da oleaginosa teve queda de aproximadamente 5% em relação à última safra”.

Alan explicou que assim como nas demais regiões do Rio Grande Sul, os custos com defensivos tiveram incremento de 28%, seguido pelos fertilizantes com 5%. Dessa forma, o Custo Operacional Efetivo para a soja cultivada em áreas de sequeiro teve aumento de 17% em relação à safra passada.

“Como forma de reduzir os riscos, a área irrigada tem crescido muito na região e as margens dos produtores tem melhorado consideravelmente. A produtividade nessas áreas fica acima de 55 sacas por hectare e com esse rendimento o produtor tem condições de obter margens positivas”, disse o coordenador da CNA.

O produtor rural João Honório Dias participou do encontro e afirmou que o trabalho da CNA é importante para mostrar ao produtor como gerenciar o negócio e como controlar os custos e os investimentos.

“O produtor já tem o instinto de querer produzir mais, de investir em novas tecnologias e aumentar a produtividade, mas ele acaba esquecendo de se preocupar com a renda. Não adianta gastar para produzir e não sobrar nada no bolso.”.

Cana-de-açúcar – Também na quinta (16), técnicos da CNA e do Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege) passaram pelo município de Quirinópolis (GO) para coletar os custos de produção da cana-de-açúcar.

Para o produtor Joaquim Sardinha, o trabalho do Projeto Campo Futuro condiz com os anseios do produtor por mostrar a real situação no campo. “Esse painel nos mostra os gargalos da atividade e como buscar soluções para solucioná-los. Quirinópolis é a capital da cana-de-açúcar no estado e não pode ficar perdida e sem remuneração num momento de produtividade e com as melhores indústrias do país”.

Painel de cana-de-açúcar em Quirinópolis (GO)

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