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'Queijo Coalho de Autazes’ avança na conquista do selo de Indicação Geográfica
IG DO QUEIJO 6

A consolidação da IG depende ainda de outros processos, como elaboração do caderno de especificações técnicas, comprovação da espécie e criação do manual de identidade visual

3 de agosto 2022

Por: ASCOM - Sistema Faea Senar Fundepec/AM - com informações do Sebrae/AM

O ‘Queijo Coalho de Autazes’ está prestes a alcançar uma importante conquista: o selo de controle de origem, rastreabilidade e qualidade. Na sexta-feira (29), durante a 23ª Feira Agropecuária de Autazes e 24ª Festa do Leite, um importante passo foi dado neste sentido. O presidente da FAEA, Muni Lourenço, que também preside o Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Amazonas, assinou o laudo de delimitação da área da Indicação Geográfica (IG). Desta forma, a marca avança uma das mais importantes fases para impulsionar a renda da maior bacia leiteira do estado e valorizar o trabalho de mais de 1,5 mil produtores da cadeia do queijo e do leite. A região certificada contemplará o território integral de Autazes e Careiro da Várzea, além de parte do território de Itacoatiara, Nova Olinda do Norte, Careiro Castanho e Borba.

“Essa Indicação Geográfica – sem exagerar – será um divisor de águas para toda essa cadeia produtiva em termo de valorização desse produto e, consequentemente, melhorias de vida e de renda para milhares de famílias que vivem dessa atividade”, disse Muni Lourenço. A consolidação da IG depende ainda de outros processos, como elaboração do caderno de especificações técnicas, comprovação da espécie, criação do manual de identidade visual, criação de associação representativa e dossiê histórico-cultural da área, todos esses já verificados. Agora, o dossiê do projeto será depositado até outubro de 2022 para análise técnica do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Processo de certificação

Para alcançar o status atual, os pecuaristas e queijeiros passaram por um intenso processo de capacitação e sensibilização, visando alcançar a adequação sanitária dos locais onde o queijo é produzido. Desenvolvimento semelhante ao aplicado para a conquista dos selos da Farinha de Uarini, Peixes Ornamentais do Rio Negro, Abacaxi de Novo Remanso, Pirarucu de Mamirauá, Guaraná de Maués e Andirá-Marau (guaraná dos indígenas), as IGs consolidadas no Amazonas.

O trabalho de estruturação da Indicação Geográfica está sendo conduzido pelo Sebrae Amazonas e pela Aproqueijo, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), Fórum Amazonense de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, além da Prefeitura de Autazes, que, na ocasião da assinatura do laudo, concedeu um aporte de R$ 50 mil ao projeto. Em 2021, o projeto recebeu emenda parlamentar de R$ 150 mil do deputado estadual Serafim Corrêa.

O que mudou

Nos últimos dois anos, as instituições atuantes nesse projeto concentraram esforços para adequar propriedades rurais de Autazes às regras sanitárias. Tudo começa no trato do rebanho, de onde é extraído o leite, base do tradicional queijo da região. Os donos dos bovinos e bubalinos envolvidos nesse processo devem cumprir regramentos, como a vacinação do gado e uma série de boas práticas agropecuárias.

Na manipulação do leite, entram as exigências de equipamentos específicos para operação dentro da conformidade, além da condição da água, manuseio e fluxo de pessoas nos locais de produção. Toda essa expertise é oferecida aos produtores por meio do Sebraetec, programa do Sebrae subsidiado em até 70% do custo que oferece acesso a serviços tecnológicos e de inovação, visando à melhoria de processos e produtos.

Texto: *com informações da Assessoria do Sebrae/AM

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