Que tal uma cerveja com caju, goiaba ou café?
Três finalistas do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2024 utilizaram esses ingredientes na composição
Brasília (22/11/2024) – Cerveja combina com caju, goiaba e café? Os finalistas do Prêmio CNA Brasil Artesanal 2024 provaram que sim.
Três finalistas do prêmio utilizaram esses ingredientes na composição das cervejas que fizeram sucesso entre os integrantes do júri técnico e do júri popular.
Enquanto o caju trouxe “frescor e um toque de acidez”, a goiaba “deu uma doçura suave”. Já o café surpreendeu os provadores. Ao final, os ingredientes agradaram até os paladares mais exigentes.
Conheça a história e os vencedores do prêmio.
Caju contra o desperdício - Na categoria ALE, a cerveja Aratinga Fruit Beer, produzida pela Cooperativa da Rede Coopera Caju, da Bahia, conquistou o primeiro lugar. A cerveja é o resultado de uma solução inovadora encontrada pelos produtores para reduzir o desperdício do caju no Estado.
A cooperativa é formada por 750 famílias de produtores. Com um teor alcoólico de 4,3%, a Aratinga Fruit Beer foi avaliada como “leve e refrescante, oferecendo um sabor único.
Toque de goiaba - Em segundo lugar na mesma categoria, a Aurora Goiaba Sour, da Cervejaria Irmandade, de Guarapuava (PR), também surpreendeu com seu toque tropical. Essa cerveja de 4,1% de teor alcoólico traz, como avaliou o júri, “notas sensoriais que capturam a essência das frutas tropicais”.
A Cervejaria Irmandade nasceu de um hobby entre três irmãos e foca em qualidade e ingredientes regionais, como pinhão e erva-mate na produção de cervejas artesanais.
Vai um cafezinho, uma cerveja ou os dois? - Na categoria Lager, a Cold Brew Lager, da Cervejaria Colombina, de Aparecida de Goiânia (GO), foi a quinta colocada.
A cerveja, que incorpora café e fécula de mandioca, se destaca pelo uso de grãos selecionados e um processo de infusão especial que, segundo os jurados, “preserva as notas frescas do café”.
Para Bárbara Soares, do Papo de Sommelière, o mercado cervejeiro tem inúmeras criações com frutas e especiarias tipicamente brasileiras que conferem maior diversidade e riqueza sensorial promovendo experiência degustativa espetacular, além de estreitar laços com a gastronomia.
“Cervejas com o uso de frutas tropicais também podem ser grandes aliadas para estreitar laços com a exportação. Isso atrai novos investidores, enriquece o mercado, bem como a produtividade”, disse Bárbara.
De acordo com a assessora técnica da CNA, Eduarda Lee, a diversidade de cervejas inscritas no Prêmio CNA reflete a riqueza e os sabores autênticos da bebida em todas as regiões do país.
“As boas impressões do júri técnico e do júri popular sobre as amostras comprovam mais uma vez a qualidade e excelência das cervejas produzidas por pequenos e médios produtores”, afirmou Eduarda.
O concurso premiou as melhores cervejas nas categorias Ale (alta fermentação) e Lager (baixa fermentação). Os dez finalistas foram escolhidos a partir de mais de 150 amostras avaliadas por um júri técnico, que também considerou a aceitação do público e a história por trás dos produtos.
Os vencedores de cada categoria foram premiados com prêmios em dinheiro, certificados e selos.
O prêmio foi realizado pela CNA em parceria com o Sebrae, a Associação Brasileira da Cerveja Artesanal (Abracerva), o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) e o Papo de Sommelière.