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Produtores rurais do Sul recebem certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose
Produtores rurais que receberam o certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose, juntamente com representantes do Sindicato Rural de Araranguá, do Senar/SC, da ATeG, da Cidasc e da Epagri
Por: MB COMUNICAÇÃO
Fonte: SISTEMA FAESC/SENAR-SC
O estabelecimento rural dos produtores Luciano Pereira e Carla Cristina Pereira, situado no município de Maracajá, Sul de Santa Catarina, recebeu recentemente, o certificado de propriedade livre de brucelose e tuberculose do Governo do estado. Com isso, a família pode obter melhor remuneração pelo litro de leite e tranquilidade para comercializar ou transportar seus animais.
A certificação de propriedade livre de brucelose e tuberculose é um dos principais meios de controle para a sanidade dos rebanhos. O documento valida a sanidade dos animais, agrega valor aos produtos da propriedade e é essencial para a manutenção da saúde pública, já que essas doenças podem ser fatais ao ser humano. Os resultados dos exames que levaram a essa conquista foram os primeiros frutos colhidos por meio de análises feitas no laboratório do Sindicato Rural em parceria com o Sistema Faesc/Senar.
A entrega do certificado foi feita no Sindicato Rural de Araranguá, com a participação do presidente Rogério Pessi , da supervisora regional do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/SC), Sueli Silveira Rosa, do supervisor técnico do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Jaison Buss , da representante da Cidasc Vanessa Dal Moro, do técnico de campo da ATeG, Ricardo Alexandre Borges e do técnico da Epagri Ricardo Santanna Martins.
A propriedade tem 16 hectares e um rebanho de 21 animais, quatro terneiras, três novilhas e 14 vacas. Destas, 10 estão em lactação e hoje geram cerca de 12,5 litros/dia. Segundo Carla, a propriedade obteve vários avanços desde que ingressou no Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar/SC. Alguns deles estão relacionados ao melhoramento genético, sanidade, melhoria na produtividade, melhoria na pastagem e produção de qualidade com menores custos. Além disso, a família participou do curso de inseminação artificial, o que oportunizou evoluir na reprodução e ainda auxiliar outros produtores nesse aspecto.
“Como presidente do Sindicato Rural me sinto realizado e honrado por poder entregar esse certificado ao produtor rural que faz parte da ATeG. O Senar e a Faesc estão de parabéns por terem implantado esse programa que qualifica e faz com que os produtores enxerguem as propriedades com outros olhos”, realçou Pessi.
O dirigente destacou, ainda, que a ATeG desperta para as mudanças fazendo com que os participantes visualizem oportunidades onde enxergavam dificuldades. “Esse certificado vem agregar valor à propriedade dessa família por meio do Senar e da ATeG. Fico contente em ver que Santa Catarina está no rumo certo e que os produtores participantes do programa não têm medo de inovar e de empreender e têm enfrentado os obstáculos aproveitando as oportunidades”.
O presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo , ressaltou que a entidade incentiva os produtores a buscarem a certificação para que obtenham avanços na saúde pública e nos indicadores econômicos. Para isso, contam com o Projeto de Desenvolvimento da Pecuária Catarinense, realizado pelo Sistema Faesc/Senar em parceria com o Sebrae, visando fortalecer a cadeia produtiva do leite com avaliação da sanidade do rebanho para certificação de propriedade livre de brucelose e tuberculose. Dessa forma, contribui para melhoria da qualidade e sanidade do rebanho leiteiro e lucratividade do produtor rural.
Segundo o superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi , com o programa é possível avaliar a sanidade do rebanho visando a certificação de propriedade livre de brucelose e tuberculose; promover o desenvolvimento da pecuária catarinense fomentando a cadeia produtiva com a melhoria significativa da qualidade do rebanho leiteiro; melhorar a renda do produtor pela agregação de valor ao preço do leite e animais certificados, além de melhorar o status sanitário de Santa Catarina para abertura de novos mercados com a exportação de lácteos catarinenses.
A certificação de propriedades, mediante testagem de todo o rebanho, é parte da estratégia de controle e erradicação das doenças. Santa Catarina tem a menor incidência de brucelose e tuberculose bovina entre os estados brasileiros e o objetivo é que o estado continue com posição de referência.
ATEG
A ATeG Pecuária de Leite iniciou em 2016 e, desde então, atendeu mais de 5.200 produtores em 209 municípios catarinenses. A coordenadora da ATeG SC, Paula Coimbra Nunes, explicou que, com a ATeG, o produtor explora novas ferramentas que potencializam o crescimento de seus negócios. “São dois anos de acompanhamento para aprimorar as técnicas e o gerenciamento, tornando a produção mais eficiente e lucrativa. As atividades são realizadas com grupos de 25 a 30 produtores organizados de acordo com a atividade produtiva”.