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Produtores artesanais de Goiás recebem Selo Arte durante o Agro pelo Brasil
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Programação também debateu tecnologias de baixa emissão de carbono

3 de outubro 2020
Por CNA

Brasília (03/10/2020) – Três produtores de queijos artesanais de Goiás receberam o Selo Arte, no sábado (03), durante a segunda edição do projeto Agro pelo Brasil. A entrega dos certificados foi feita pela ministra da Agricultura Tereza Cristina; pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado; e pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (FAEG), dep. José Mário Schreiner, na sede do Sindicato Rural de Alexânia.

Os três primeiros estabelecimentos do estado a receberem a identificação foram a Fazenda Santa Fé da Lagoinha, de Santo Antônio do Descoberto; a Fazenda Coqueiral, de Corumbá; e a Queijaria Lima, de Alexânia.

O Selo Arte foi criado pela Lei nº 13.680/2018 e chancela a qualidade dos produtos de origem animal produzidos de forma artesanal. A certificação permite a comercialização interestadual desses produtos, desde que submetidos à fiscalização de órgãos de saúde pública dos estados.

“Vocês representam uma série enorme de pequenos produtores que, além de queijos, produzem outros produtos nas pequenas propriedades. Isso também contribuirá para implementar uma rota de turismo rural e de gastronomia em Goiás e outros estados da nossa Federação”, disse Tereza Cristina.

Ronaldo Caiado com o representante da Fazenda Santa Fé da Lagoinha

Ronaldo Caiado afirmou que o agro é o “sustentáculo” da economia do estado e que o Selo Arte vai agregar renda aos produtores goianos. “Esse selo vai diminuir a burocracia, qualificar os produtos e facilitar para que sejam comercializados em outros estados”.

O presidente da Faeg considerou a entrega um momento histórico para a agropecuária de Goiás. Para ele, a certificação vai ajudar a quebrar as barreiras de comercialização interestaduais que prejudicavam os produtores artesanais.

“Isso é uma verdadeira carta de alforria aos pequenos produtores. Para vocês possam vender para os mercados, ter um preço justo e, acima de tudo, o trabalho reconhecido”, declarou José Mário Schreiner.

José Mário Schreiner entregou o selo para os produtores da Queijaria Lima

A solenidade também contou com a participação do secretário de Agricultura de Goiás, Antônio Carlos de Lima Neto; e do diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, além de outras autoridades.

ABC - O debate sobre “Tecnologias de Baixa Emissão de Carbono” reuniu o coordenador de projetos da ATeG do Senar, Alexandre Gessi, e o coordenador de Programas do Senar Bahia, Gabriel Menezes.

Alexandre destacou duas iniciativas desenvolvidas pelo Sistema CNA/Senar para difundir práticas de agricultura de baixa emissão de carbono junto aos produtores: os projetos ABC Cerrado e o FIP Paisagens Rurais.

Por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) oferecida pelo Senar, ambos incentivam a adoção de técnicas como recuperação de pastagens degradadas, integração lavoura-pecuária-floresta, sistema plantio direto e florestas plantadas.

Segundo ele, os produtores passam por etapas como diagnóstico, planejamento, adequação, capacitação e avaliação dos resultados antes de implementar as práticas.

“O importante é adequar essas tecnologias à propriedade. Tecnologia boa é aquela usual, que o produtor possa usar bem. É ele quem vai aprender a manejar, organizar a produção e aplicar as ações. Não pode ter uma relação de dependência técnica”, disse Alexandre.

Para o coordenador de projetos da ATeG do Senar, a capacidade de produzir mais com tecnologias que proporcionem rentabilidade e preservação do meio ambiente é uma exigência do mercado e os produtores precisarão, cada vez mais, comprovar isso.

Alexandre Gessi

Gabriel Menezes contou que, aproximadamente, 80% das pastagens do oeste da Bahia apresentavam algum tipo de degradação e o projeto ABC Cerrado permitiu a recuperação de mais de 98.000 hectares na região.

“A cada R$ 1 aplicado pelo projeto, o produtor investiu R$ 7 na sua propriedade. O produtor entende que precisa preservar o seu solo, as suas nascentes e rios porque a atividade depende disso e, um dia, aquilo será do seu filho ou do seu neto. Além do mais, acaba agregando valor ao seu produto, fazendo com que ele ganhe mais dinheiro lá na ponta”.

A programação também teve atrações culturais e gastronômicas. No quadro Talentos da Nossa Terra, os destaques foram Henrique Smith, de Luís Eduardo Magalhães (BA), e Alessandra Leles, de Alexânia (GO). O projeto Do Rural à Mesa apresentou uma receita de costela, feijão tropeiro e cuca de chocolate.

Assista a programação completa aqui .

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