ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

Presidente da CNA é homenageado por sua atuação na defesa do setor agropecuário
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João Martins recebeu, na quinta (20), a Comenda 2 de Julho, a mais importante honraria concedida pela Assembleia Legislativa da Bahia

20 de março 2025
Por CNA

Brasília (20/03/2025) - O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, recebeu, na quinta (20), em Salvador (BA), a Comenda 2 de Julho, em cerimônia realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

A homenagem é a mais alta honraria concedida pelo Poder Legislativo baiano a personalidades que se destacam em suas áreas de atuação pela contribuição para o desenvolvimento político e administrativo estadual e nacional.

O evento teve a presença da presidente da Alba, deputada estadual Ivana Bastos (PSD), do autor da proposta da Comenda, deputado estadual Manuel Rocha (União), da senadora Tereza Cristina (PP/MS), dos deputados federais José Rocha (União/BA), Arthur Maia (União/BA) e Roberta Roma (PL/BA), diretores do Sistema CNA/Senar e presidentes de Federações de Agricultura e Pecuária.

Também estiveram presentes o prefeito de Salvador, Bruno Reis, representantes do governo estadual e da Procuradoria Geral de Justiça da Bahia, além de outras autoridades, lideranças do setor produtivo e empresarial e demais convidados, esposa, filhos, netos e outros familiares e amigos.

A iniciativa é um reconhecimento ao trabalho realizado por João Martins em prol do desenvolvimento do setor agropecuário baiano e brasileiro. A Comenda traz a data de Independência da Bahia.

João Martins recebe a medalha dos filhos João Martins recebe a medalha dos filhos


No início do seu discurso, João Martins fez uma retrospectiva da sua atuação. Lembrou dos tempos da faculdade quando ajudava o pai “trabalhando com ele na gestão das atividades rurais, com muita motivação porque gostava do que fazia”.

Em sua fala durante a homenagem, ele disse que constatou muito cedo que os produtores rurais só conseguiriam obter resultado na atividade e viabilizar a produção individual se estivessem organizados. “Era uma cultura que trazia da união de minha família”.

Com essa “vontade de contribuir”, lembrou João Martins, “ajudei a criar e dirigir associações, cooperativas e entidades sindicais”.

“Foi no sistema sindical que enxerguei a grande oportunidade de dar a minha contribuição à atividade na qual estava inserido e também ao estado da Bahia, que já despontava na vanguarda do desenvolvimento do agro brasileiro”.

Em seu discurso, ele falou do momento que assumiu a presidência da Federação da Agricultura e Pecuária e o Senar da Bahia e viu a necessidade de ter uma “excelente equipe para “introduzir projetos inovadores”.

João Martins discursa durante homenagem João Martins discursa durante homenagem

Percorreu todas as regiões do Estado, visitou sindicatos rurais, conversou com produtores. “Tudo para dar consistência ao meu projeto de trabalho”.

João Martins disse que fez ainda um diagnóstico dos cursos do Senar à época, da precariedade das instalações onde as aulas eram ministradas e como era difícil transferir conhecimento aos produtores.

“Precisava implantar um projeto embrionário de assistência técnica que pudesse melhor capacitar o pequeno produtor e o trabalhador, o que fizemos e demos o nome de ‘pro-Senar’”.

Além disso, disse Martins em seu discurso, foi lançado um projeto de construção de centros regionais de capacitação. Esses centros proporcionavam a transferência de conhecimento necessária ao produtor e passaram a chamar a atenção pelas estruturas e a qualidade do ensino.

“Nosso sistema de trabalho na Bahia passou a ser um diferencial no Brasil”.

Martins diz acreditar que foi esse trabalho realizado na Bahia que o projetou e credenciou para ocupar a presidência da CNA e do Conselho Deliberativo do Senar.

“Fui eleito por unanimidade duas vezes para a presidência da CNA. Nunca antes tal fato tinha ocorrido na entidade, o que me proporcionou condições para fazer grandes e necessárias mudanças no Sistema”.

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O presidente da CNA lembrou que lançou um desafio ao discursar na posse do primeiro mandato: criar uma nova classe média rural no Brasil. E falou dos estudos que mostravam que, dos 5,1 milhões produtores rurais, menos de 300 mil detinham algo próximo de 80% da riqueza gerada pelo agro.

Diante disso, “estabeleci como meta prioritária criar uma nova classe média rural que quantifiquei em 400 mil pequenos produtores que teriam acesso às novas tecnologias existentes como única forma de serem competitivos”.

E isso, lembrou, só seria possível se “implantássemos um programa de assistência técnica inédito no Brasil”.

Feitas as mudanças necessárias à época, foi implantada a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Os produtores passaram a ter assistência mensal e gratuita durante dois anos.

“Atualmente já passamos de 400 mil propriedades de pequenos produtores no programa com melhorias visíveis de produtividade e renda. Contamos com 17 mil técnicos em campo, entre agrônomos, veterinários e técnicos com formação média”.

João Martins lembrou outras ações como o Programa Saúde no Campo, criado recentemente, e que, com os atendimentos previstos nas propriedades em todas as regiões do país, promove mais qualidade de vida e bem-estar aos produtores rurais e suas famílias.

Na área internacional, ele lembrou de todo o apoio que o Sistema CNA/Senar dá aos produtores para que tenham oportunidade de exportar para mercados exigentes.

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E falou que entre as ações para esse projeto estão visitas às feiras no exterior e a instalação dos três escritórios de apoio em Singapura, Xangai e Dubai “que trabalham para que pequenos produtores tenham a chance de exportar”.

João Martins citou ainda como o Sistema CNA/Senar prepara profissionais para atuar no campo. Citou a Faculdade CNA e os Centros de Excelência do Senar.

O primeiro a ser construído foi o Centro de Excelência em Fruticultura, em Juazeiro, na Bahia. O Centro gera conteúdo para capacitar todas as atividades de fruticultura no Brasil.

O presidente da CNA lembrou que já estão prontos e em funcionamento dois outros centros: o de Pecuária de Corte, em Campo Grande (MS), e o de Café, em Varginha (MG). Em fase de construção está o Centro de Excelência em Zootecnia, em Feira de Santana.

João Martins lembrou ainda dos 267 polos criados para atender presencialmente os alunos matriculados nos cursos técnicos do Senar, que são mais de 41 mil, além dos cursos de formação profissional rural de educação a distância, que têm mais de 594, 8 mil matrículas.

“Isso tudo só foi possível porque consegui montar uma equipe competente e com compromisso para a realização de minha proposta. E tínhamos como lema ‘o Sistema CNA tem de estar sempre na vanguarda’ para dar suporte à moderna e pujante agropecuária brasileira”, diz.

João Martins com os presidentes de Federações de Agricultura e Pecuária João Martins com os presidentes de Federações de Agricultura e Pecuária

Ao relatar todas essas ações do Sistema CNA/Senar, João Martins disse que recebe a homenagem “como um reconhecimento da força conquistada pelo sistema sindical, da credibilidade que alcançou ao transformar ações em resultados em favor de um setor produtivo de inquestionável importância para o desempenho e o equilíbrio da nossa economia”.

Por fim, diz o presidente da CNA em seu discurso, “tenho orgulho de ser brasileiro, mas o ser baiano é a minha maneira de ser um bom brasileiro. Por essa razão, a Comenda 2 de Julho, que traz a data sagrada da Bahia, é a maior homenagem que eu poderia receber”, concluiu.

Pela manhã, Martins participou de homenagem feita ao ex-deputado estadual Heraldo Rocha, que também recebeu a Comenda 2 de Julho.

Presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, a deputada Ivana Bastos destacou que a homenagem ao presidente da CNA é uma referência a um empresário que se destacou e dedicou uma vida à agropecuária.

“Esta é, com toda justiça, uma concessão que honra o homenageado e o Parlamento e um justo reconhecimento a esse empresário baiano e liderança do agronegócio”.

Ela afirmou também que a Alba “é uma parceira na defesa dos interesses da classe produtora e do setor agropecuário”.

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Já o deputado Manuel Rocha, autor da iniciativa, lembrou que João Martins começou sua trajetória muito cedo, aos 18 anos, herdando a vocação para a atividade rural e ainda jovem iniciou sua participação no movimento associativista como “uma voz ativa dos produtores”.

“Todo aquele que trabalha e agrega merece reconhecimento. Sua voz é uma inspiração para toda uma geração de produtores e todos têm obrigação de conhecer sua história”. Rocha falou, ainda, sobre a atuação da CNA na defesa dos pequenos e médios produtores, “o que ajudou a levar a transformação ao meio rural”.

“Essa homenagem, além de um reconhecimento, é uma motivação para que João Martins continue defendendo os interesses dos produtores rurais do Brasil”, concluiu o deputado.