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Mulheres contam sobre mudanças em rumos profissionais após cursos do Senar-RS
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Lucimere Zimmermann e Isabel Pombo decidiram empreender após aprender técnicas de artesanato

4 de novembro 2021

Por: Tatiana Py Dutra

Fonte: Ascom/Padrinho Conteúdo*

Até 2015, Lucimere Zimmermann era uma zelosa dona de casa e mãe da localidade de Esquina Bela Vista, em Três de Maio. Foi quando as integrantes do Clube de Mães do qual participava começaram a receber cursos do Senar-RS. O primeiro foi Artesanato - Patchwork. Depois, veio o de Confecção no Vestuário. O aumento das habilidades fez com que ela enxergasse oportunidades de renda.

“Eu tinha uma máquina doméstica e comecei a fazer meus artesanatos para vender nas festas da comunidade. E como no interior não tinha costureira nenhuma, percebi a possibilidade de viver também da costura. As pessoas começaram a levar serviços na porta da minha casa”, conta Lucimere, 36 anos.

A costureira conta que se sentiu estimulada a buscar mais conhecimento e profissionalização, chegando a cursar Design de Moda em uma faculdade local. Hoje, ela tem seu próprio negócio, o ateliê Arte da Costura, no centro da cidade. Lá, se dedica a fazer consertos e reformas de roupas, além de produzir máscaras e outras peças originais. Com demanda constante, o empreendimento é um sucesso.

“Eu era do lar e hoje tenho uma profissão. Ajudo na renda de casa e tenho buscado aumentar meu conhecimento, fazendo mais cursos. Tudo o que aprendi foi graças ao Senar, elogia Lucimere.

Arte que vem da ovinocultura

Foi uma conversa entre amigas, no inverno de 2019, que iniciou uma uma guinada profissional para a veterinária Isabel Pombo, hoje com 37 anos.

“Conversávamos sobre a lã ter perdido mercado. Quando éramos pequenos todo mundo trabalhava com lã, nossas mães e avós, e agora, quase não víamos produtos. E começamos a pensar em fazer cursos para aprender a lidar com lã”, relembra.

Pouco tempo depois, ela e outras nove mulheres participaram do curso de Confecção e Tecelagem em Lã Crua, no Sindicato Rural de Uruguaiana. Já no começo da pandemia, esse conhecimento foi a fagulha para a criação da grife Santa Ovelha, em parceria com a colega de curso Lisiane Marti, 42 anos. Para incrementar a produção, ela e a sócia, que sabiam confeccionar peças no tear, voltaram ao Senar para o curso de Feltragem em Lã.

“Esse curso ensina a fazer o tecido e não o fio. No primeiro curso, aprendemos a fazer peças como palas e manta, no tear. Nesse, a criar o tecido inteiro. Então podemos criar outras peças, como pantufas, boinas, coletes, bombachas...”, conta Isabel.

Esse conhecimento, mais tarde seria incrementado com técnicas de tingimento das lãs, também via Senar. Isso ajudou a ampliar a gama de peças da grife, que conquistou clientes em toda a região, graças ao perfil no Instagram (@santaovelha). Hoje, lojistas do ramo da moda e da decoração revendem as criações da dupla.

“Eu só tenho a agradecer ao Senar. Cada curso é um grande aprendizado, além de estimular a criatividade e a amizade”, valoriza Isabel.

*Reprodução permitida se atribuídos os créditos à Ascom/Padrinho Conteúdo

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