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Livre comércio na América do Sul é importante para o agro, diz CNA
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Superintendente de Relações Internacionais da entidade debateu abertura comercial do continente em evento no Itamaraty

3 de outubro 2019
Por CNA

Brasília/DF (03/10/19) – A superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra, apontou as oportunidades para o agro com uma maior liberalização comercial na América do Sul, durante seminário promovido pelo Ministério das Relações Exteriores na quinta (3).

O livre comércio na América do Sul é promovido pela Associação Latino-Americana de Integração (ALADI), que tem 13 países e uma rede de vários acordos bilaterais firmados entre os membros.

“É a única região no mundo em que a gente tem uma balança comercial mais equilibrada para o agro. A gente vende produtos do agro para eles, mas também compramos. É uma característica totalmente diferente do que a gente tem na estrutura de comércio com o resto do mundo”, disse.

Lígia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da CNA.

Lígia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da CNA.

Segundo Lígia, exemplo disso é que o Brasil vende produtos como soja e café verde para Argentina e Colômbia, que são grandes produtores e tradicionais concorrentes nesses setores. Ela afirma que é possível abrir ainda mais mercados para o agro na região.

“Nosso mercado ainda é muito fechado, mas precisamos mudar nossa mentalidade e aproveitar essas oportunidades que a abertura comercial vai trazer para o Brasil”.

Para a superintendente, a integração comercial entre os países é importante, mas algumas questões precisam ainda ser trabalhadas como a melhoria do setor de infraestrutura e logística.

“Exportar para a América Latina não é simples. O valor da infraestrutura e logística no preço final dos produtos agrícolas no Brasil é muito elevado. Outro ponto que precisamos analisar com cuidado é a questão sanitária e fitossanitária. Ao abrir estradas e rodovias, você traz pragas. Por isso, toda a parte de controle sanitário e fitossanitário precisa ser integrada e ter certificações mais eficientes e uma fiscalização muito severa”, destacou.

Lígia Dutra citou ainda projetos que a CNA desenvolve para integração de pequenos e médios produtores rurais na cadeia de exportação. “Existe muito espaço sim para aumentar esse intercâmbio, temos uma pauta diversificada para os países da América Latina. Basta a gente conseguir trabalhar bem a parte de infraestrutura e sanidade.”

Esses acordos da ALADI visam a redução e eliminação de barreiras tarifárias e não-tarifárias e conforme os objetivos firmados em determinada negociação, os acordos podem ser classificados como de alcance regional (participação de todos os países membros) e alcance parcial (firmados entre alguns países-membros).

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