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Levantamento de custos mostra realidade da pecuária de corte no Pará
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Técnicos do Projeto Campo Futuro visitaram produtores do município de Redenção

27 de junho 2019
Por CNA

Brasília (27/06/2019) – Técnicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) visitaram na quinta (27) o município de Redenção (PA) para levantar os custos de produção da bovinocultura de corte da região.

A iniciativa faz parte do Projeto Campo Futuro e reuniu produtores rurais e representantes de sindicatos, cooperativas e da Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa).

Resultados preliminares do painel apontaram que o produtor típico da região trabalha com a cria de animais e possui uma propriedade de 1.500 hectares, sendo 70% da área ocupada por área de pastagem.

“O rebanho total é de mais de mil cabeças de gado e a taxa de lotação é de 0,83 UA (unidade animal) por hectare, valor próximo à média Brasil”, disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Bovinocultura de Corte da CNA, Ricardo Nissen.

Segundo ele, apesar da propriedade modal não trabalhar com estação de monta (prática em que as fêmeas em reprodução são expostas ao touro), ela possui bons índices zootécnicos.

“De modo geral, os pecuaristas da região conseguem pagar os desembolsos anuais em curto prazo e também guardam dinheiro para fazer investimentos em itens que sofrem depreciação, como trator e camionetes”.

Outro ponto destacado no painel foi a presença da erva tóxica “cafezinho”, que tem prejudicado a taxa de nascimento de animais. “A taxa de aborto na região é acima do convencional, uma vez que o gado acaba consumindo a planta invasora. Então esse é um gargalo que, se solucionado, pode melhorar o sistema produtivo”, explicou Nissen.

De acordo com o analista de Custo de Produção de Pecuária de Corte do Cepea, Giovanni Penazzi, diferente de São Felix do Xingu (município visitado na quarta), na região de Redenção existe maior competição por área.

“Como custo de oportunidade, caso o produtor escolha não exercer mais a atividade pecuária, ele tem a possibilidade de arrendar a área pra consórcio de soja com milho e isso pode ser um problema para a competitividade do gado de corte”.

Para o pecuarista e presidente da Cooperativa Agropecuária de Redenção e Região (Cooperagre), Joel Ferrarini, o painel foi importante para identificar os desafios da atividade e melhorar os índices de produtividade.

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