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Expoagro 2017: Milheto utilizado na alimentação é opção de ganho nutricional na atividade leiteira
Informações sobre cultivo e preparo de silagem serão apresentadas no dia de campo do programa Mais Leite, do SENAR/MS
O manejo nutricional animal é responsável por 35% dos custos produtivos com a atividade de pecuária de leite, conforme levantamento realizado pela equipe de assistência técnica e gerencial do SENAR/MS – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Com objetivo de apresentar alternativas de alimentação com menor gasto e alto valor nutritivo, o programa Mais Leite, do apresentará no Dia de Campo realizado em Dourados, em 20 de maio, a viabilidade da produção de milheto, para utilização de silagem ou forragem.
A opção de suplementação alimentar apresenta benefícios para o produtor de leite, conforme explica o supervisor do programa de ATeG – Assistência Técnica e Gerencial, Juliano Coelho. “Em relação a outras opções de forragem, o cereal possui vantagem de 32% a mais em produção de matéria seca, sem contar a eficiência alimentar que pode diminuir os gastos com ração em quase 5% já no início de sua utilização. Estes ganhos são fundamentais para os produtores assistidos no programa, que lutam diariamente para aumentar a margem de lucro”, observa.
Coelho destaca que apesar da larga utilização em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em Mato Grosso do Sul, a opção alimentar precisa ser melhor divulgada, pois, se adapta com facilidade ao clima e solo regional. “Se compararmos a utilização com o milho por exemplo, o milheto ainda é pouco utilizado por isso, preparamos uma área demonstrativa para mostrar como iniciar o plantio, os cuidados e a diversidade de utilização”, acrescenta.
Experiências em andamento – O produtor rural José Ricardo Casotti iniciou o cultivo de 15 hectares há cerca de 20 dias, na propriedade e reforça que aderiu a proposta, por recomendação da assistência técnica do SENAR/MS. “Participo do programa há pouco mais de um ano e acredito muito na metodologia, tanto na parte gerencial, quanto nas recomendações técnicas. Neste período aumentei minha produção em mais de 30%, ordenhando atualmente 500 litros por dia. Estou otimista com a possibilidade de aumentar o desempenho produtivo das vacas e ainda contar com uma opção lucrativa de silagem, que garantirá alimento de qualidade no período da seca”, argumenta.
Outra vantagem importante na opinião de Casotti e que foi fundamental na decisão de cultivar o cereal foi saber que a técnica auxilia na recuperação das áreas de pastagem degradadas. “Seguindo o diagnóstico que recebi do técnico, aproveitei uma área de pasto consideravelmente degradada e preparei o plantio. Quando terminar de colher esta lavoura, a palhada do milheto servirá como adubo natural para produção de outras forrageiras, promovendo assim o método sustentável conhecido como plantio direto”, conclui.
O responsável pela palestra é o agrônomo Amarildo, que presta consultoria em várias propriedades no sul do Estado. Ele antecipa algumas informações que serão apresentadas na palestra, responsáveis pela eficiência da cultura. “ Além de ser utilizado como forragem ou silagem, o milheto em estado verde pode alcançar produtividade de 70 toneladas por hectare, em apenas um corte. Além disso o valor nutricional chega a 15% de proteína bruta, superando o milho e o sorgo, mais utilizados aqui no Estado”, esclarece.
Na avaliação do superintendente do SENAR/MS, Rogério Beretta, os dias de campo promovidos no Estado são oportunidades de aprendizado e troca de experiências para os produtores assistidos pelo ATeG. “As apresentações promovidas pela equipe são verdadeiras aulas práticas que esclarecem, orientam e respondem as principais dúvidas dos produtores. Os resultados que temos acompanhado comprovam a importância de realizar estas interações, visto que atualmente o Mais Leite atende 900 produtores rurais em diferentes regiões do Estado”.
Informações adicionais – O dia de campo do programa Mais Leite será realizado no dia 20 de maio, das 7h30 às 12h durante a 53ª Expoagro, realizada em Dourados. As inscrições são limitadas e devem ser feitas antecipadamente no sindicato rural.
Assessoria de Comunicação do SENAR/MS
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